quinta-feira, 11 de maio de 2017

A VIDA DURA  DOS MINEIROS DO PEJÃO
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAS DE ADRIANO MIRANDA APRESENTADA NO ESPAÇO DA CICL


Depois da recente apresentação do livro “ Carvão de Aço”, do fotojornalista Adriano Miranda, realizada nas  instalações do Poço de Germunde ( PG1 ) em Pedorido, aCâmara Municipal de Castelo de Paiva vai agora promover uma exposição fotográfica, com uma selecção de 20 imagens a preto e branco, do mesmo autor, que depois da apresentação no espaço do Centro de Interpretação da Cultura Local, durante o mês deMaio, vai circular pelo país, em zonas com historial mineiro, através da iniciativa dos Roteiros de Minas.

        
Recorde-se que, numa cerimónia realizada no feriado do Dia do Trabalhador, Adriano Miranda apresentou o livro que se apresenta como um “memorial” de fotografias sobre as Minas do Pejão, captadas há 25 anos atrás e que foi agora lançado, numa iniciativa que teve o apoio da Câmara Municipal de Castelo de Paiva e da União de Freguesias da Raiva, Pedorido e Paraíso
 A convite da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, e contando com o apoio dos fundos europeus do Portugal 2020, através da intervenção da ADRIMAG, o fotojornalista do jornal Público aproveitou a oportunidade para revelar um trabalho que realizou ao longo de três anos, enquanto estudava fotografia no Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa.
Guardados na gaveta há 25 anos, os "milhares de negativos" de Adriano Mirandaforam digitalizados e, durante a selecção das imagens para o livro, o fotógrafo referiu que encontrou “muitos tesouros” e fotografias inéditas, como o de uma jovem mulher mineira, publicadas nesta obra agora editada.
Relembrando o contacto inicial com o autor, no âmbito de um trabalho sobre o potencial turístico do concelho, o autarca de Castelo de Paiva  classificou o livro “ Carvao de Aço “ como uma obra fantástica, “ plenamente inserido na estratégia de promoção e salvaguarda do património histórico e cultural, representando mais do que um registo, um testemunho do valioso património que as minas significam para Castelo de Paiva e em particular para a região do Couto Mineiro do Pejão “, não deixando de recordar a dinâmica económica que outrora a mina gerava, os valorosos mineiros “ duros como o aço “ que desciam às profundezas para ganhar o sustento de famílias inteiras, e a Banda dos Mineiros do Pejão como referência cultural da memória viva da epopeia mineira apagada há 23 anos.
O presidente Gonçalo Rocha congratulou-se com a oportunidade de ter agora no CICL, uma parte do trabalho notável de Adriano Miranda, uma ocasião única para recordar as vivências mineiras, valorizando estas memórias da epopeia da exploração carbonífera em Castelo de Paiva.
A exposição tem entrada gratuita e pode ser apreciada a partir de amanhã e até ao final do mês, de segunda a sábado entre as 09h30 – 12h30 e as 14h00 – 17h30, e ao domingo das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 18h00.
               
Carlos Oliveira

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