quarta-feira, 2 de maio de 2012


Primeira actividade do “Maio Cultural “ em Nespereira
"Passeio TT ao Ardena" com menos participantes mas com redobrado interesse e emoção


A exemplo de anteriores edições e apesar do dia não ter estado propício a grandes aventuras, com a instabilidade climatérica a evidenciar mais ao final da tarde, voltou a ser um sucesso o “ Passeio TT ao Ardena “, primeira iniciativa do programa do Maio Cultural 2012, um evento que envolve as colectividades da freguesia em diversas actividades culturais e desportivas e que continua a cativar visitantes e a população local.


A crise e a realização de um raid numa corporação de bombeiros da vizinhança, retirou concorrentes à prova, mas as duas dezenas e meia que marcaram presença na jornada de Nespereira chegaram para dar espectáculo, com muita adrenalina e entusiasmo, tanto nos participantes, como nos que vieram para os trilhos e pista aplaudir os destemidos pilotos que primaram em mostrar o seu talento, num percurso traçado à medida da grandeza do evento.
A concentração dos participantes aconteceu bem cedo, no Parque da Feira, e pela frente, homens e máquinas, tinham um percurso arrojado e atractivo, por vezes referenciado por paisagens de rara beleza e um ou outro obstáculo mais difícil, mesmo a jeito de pôr à prova a resistência dos “ jeeps “ e o tecnicismo dos concorrentes em matéria de condução TT.
Os “ jeeps “ percorreram parte do território da maior freguesia cinfanense, privilegiando trilhos junto ao Rio Ardena e na vertente serrana do Montemuro, como Paradela, onde decorreu o “ mata – bicho “, Noninha e Senhora do Monte, já no território da vizinha freguesia de Alvarenga, assim como um corta – fogo espectacular nas imediações das zonas do Nicho e Cabanelas, e uma passagem pela Mini-Hídrica do Ardena.
Como era de esperar, aconteceu espectáculo, graças à irreverência de alguns, também devido à perícia dos que já por várias vezes fizeram tais percursos e, logo à partida, era visível a satisfação de todos, demonstrada depois no almoço - convívio que teve lugar num restaurante local, em ambiente de plena confraternização.
Mais tarde, ao final do dia, já na zona da Vista Alegre, nas imediações do centro de Nespereira, gizada para o espectáculo e para potenciar a adrenalina, uma penosa pista trialeira esperava os concorrentes, este ano enfrentando mais obstáculos do outro lado da estrada, com muita gente a ocorrer para presenciar as peripécias e loucuras dos mais afoitos, que é como quem diz, aqueles que, apresentando melhores argumentos competitivos, demonstraram mais ousadia e melhores técnicas de condução, mau grado alguns excessos praticados, chegando – se mesmo a pôr em causa a segurança do público presente, por vezes mal colocado na pista.
Apesar dos concorrentes pagarem uma taxa de inscrição com o respectivo seguro, que lhes permite participar nesta jornada de aventura com alguma garantia, a verdade é que a organização deveria ter em conta as regras a cumprir e interditar as zonas mais perigosas ao publico, deixando um espaço de segurança aos concorrentes do Raid, estando mais atenta a algumas situações de excessos e exuberância que sempre acontecem.
O jantar de encerramento, para além de contemplar a habitual entrega de prémios e lembranças, para evidenciar o desportivismo e a camaradagem demonstrada no decorrer do Raid, foi a oportunidade para se discutir as aventuras e os deslizes da jornada, numa iniciativa que tem continuidade garantida e que teve o apoio e colaboração dos Bombeiros Voluntários de Nespereira, que voltaram a estar em evidência, numa colaboração que se traduziu num acompanhamento permanente da prova.
O presidente da Junta de Freguesia de Nespereira, Mário Leitão, fez um balanço positivo desta jornada de todo-o-terreno, uma das iniciativas mais emblemáticas do Maio Cultural, e evidenciou a sua satisfação pela adesão registada, ao mesmo tempo que realçou a importância desta iniciativa local que, durante um mês, motiva a cultura, promove o desporto e o salutar convívio entre todos, numa envolvência entre locais e visitantes.


Reportagem de Carlos Oliveira – texto e fotos

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