Iniciativa da ARCAF e CM de CASTELO DE PAIVA

REVIVER O PASSADO NAS MINAS DO PEJÃO

A ARCAF – Associação Recreativa Cultural e Ambiental de Folgoso, e a CM de Castelo de Paiva promoveram na manhã de ontem, um périplo pelas antigas minas da região do Couto Mineiro do Pejão, localizadas no perimétro carbonifero que se estendia pelas freguesia de S. Pedro do Paraíso, Raiva e Pedorido.

Recordar o que foi a vivência mineira e o apogeu da exploração carbonífera em Castelo de Paiva foi o mote para o desafio proposto, com visita directa à MINA DO LOUREIRO ( 1890 ), MINA DA PARADUÇA ( 1933 ), MINA do CHOUPÊLO ( 1936 ), MINA do FÔJO ( 1960) e ao COMPLEXO DE GERMUNDE (1994), com acesso ao interior da galeria, ainda visitável, que dava acesso ao PG2...

Tratou-se de uma visita às antigas Minas do Pejão, acompanhados de autarcas, jornalistas, técnicos convidados e trabalhadores mineiros de outrora, com o objectivo de recordar memórias e vivências da actividade mineira, mas também, para recolher dados e histórias desse trabalho árduo que marcou a vida e economia do concelho de Castelo de Paiva, durante quase um século.

A concentração começou bem cedo ao lado da estátua dos Mineiros do Pejão, junto ao Complexo de Germunde, em Pedorido, após o que se seguiu um trajecto gizada em jeito de visita à Mina do Loureiro, Mina de Paraduça,  Mina do Choupêlo e Mina do Fôjo, terminando o percurso em Germunde, para visita ao Complexo Mineiro e à galeria visitável que se estende até ao PG2- Poço de Germunde 2, uma aventura que muitos recordaram com saudade e emoção, relatando episodios ali vividos, referenciado a dureza do trabalho e a grandeza da Empresa Carbonífera do Douro, que sustentava a exploração mineira no concelho que, no periodo de maior amplitude e dinâmica laboral, chegou a dar trabalho a mais de 3 mil trabalhadores, paivenses e gente que vinha de todo o lado atraídos pelas oferta de trabalho e pelas regalias concedidas.

Em Domingo soalheiro, acompanhado pelo Vice –Presidente António Rodrigues, e pelos autarcas Artur Sousa e Joaquim Martins, das freguesias de Pedorido e Raiva, o edil paivense Gonçalo Rocha, também abdicou da partilha familiar e marcou presença nesta iniciativa, fazendo questão de acompanhar e ouvir  " velhos " mineiros neste " regresso ao passado " no Couto Mineiro do Pejão...

O presidente da CM de Castelo de Paiva considerou louvável a iniciativa, fazendo questão de evidenciar o interesse científico, cultural, histórico e turístico, ao mesmo tempo que deixou a ideia que se deve apostar neste tipo de acções, como forma de criar, na perspectiva da valorização e divulgação do património geológico e mineiro, um Roteiro Turistico das Minas, projectando, dando a conhecer e valorizando aquela que foi a actividade mais marcante do concelho ao longo dos tempos.

Presente esteve tambem Tertuliano Monteiro, antigo director do mítico jornal “O Pejão “, que evidenciou a sua satisfação de vir falar sobre a importancia do mensário na actividade mineira da ECD e da valorização cultural dos trabalhadores, destacando o brilhantismo de outrora do Centro Artístico do Pejão que suportava a Banda de Musica, que honrosamente e para júbilo da familia dos Mineiros do Pejão conquistou o 1º lugar no Concurso Nacional de Filarmónicas, promovido pela então FNAT.

Esta jornada de cultura e conhecimento mineiro terminou com um almoço de confraternização no Jardim do Arda, na zona ribeirinha de Pedorido, onde foi possível recordar os depoiementos juntos dos antigos mineiros que se foi recolhendo durante a visita às diversas estrutura mineiras encerradas e abandonadas.

GIRP/ Carlos Oliveira