quarta-feira, 7 de setembro de 2011


Adriano Manuel Gomes Teixeira de Sousa, de 53 anos, não resistiu aos ferimentos
Madeireiro esmagado por tronco em Sebolido

Um homem morreu, ontem de manhã, esmagado por um tronco que tinha cortado momentos antes, numa quinta de Sebolido, Penafiel. Adriano Manuel Gomes Teixeira de Sousa, de 53 anos e residente em Santa Eulália, Arouca, ainda foi socorrido pelo irmão e pelos Bombeiros de Entre-os-Rios, mas foi dado como morto no local do acidente. A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) está a investigar o caso.



Declarado morto no local

“Ele ficou prensado contra um outro eucalipto que estava em pé. Só o ouvi dizer ‘ai que ele matou-me’”, recordou Saúl Gomes de Sousa, irmão da vítima.

Este homem estava com Adriano de Sousa a cortar eucaliptos na Quinta da Moura quando aconteceu a tragédia. “Eu estava a cinco metros de distância quando ele cortou uma das árvores. Quando esta bateu no chão fez rolar um tronco em direcção ao meu irmão. Ele ainda tentou fugir, mas ficou prensado entre o tronco e uma árvore”, descreveu.

Sozinho no meio de uma mata de difícil acesso e situada na margem direita do rio Douro da freguesia penafidelense, Saúl Gomes de Sousa ainda conseguiu soltar o irmão, mas pouco mais pôde fazer. “Subi o monte a correr e vim pedir ajuda a um café. Quando regressei o meu irmão já estava morto”, afirmou, visivelmente consternado.

Ao local ainda ocorreram os Bombeiros de Entre-os-Rios e uma equipa do INEM que, no entanto, limitou-se a confirmar o óbito. “Quando o nosso pessoal chegou ao local viu que já não havia nada a fazer. Mesmo assim, ainda foram feitas manobras de reanimação”, contou o comandante da corporação, Luís Neves.



Vítima estava a cortar árvores apenas na companhia do irmão

Adriano de Sousa foi atingido pelo tronco da árvore quando estava a “cerca de 50 metros do rio” e num local pouco menos do que inacessível. Por isso, foi com muita dificuldade que o corpo foi transportado até à entrada da quinta. “A primeira opção era tirar o corpo de barco, mas também aí tínhamos de desbravar o caminho de acesso. Mas depois como houve muita gente a disponibilizar-se para ajudar, decidimos trazer o corpo até ao caminho”, revelou Luís Neves.

Adriano de Sousa tinha comprado madeira ao proprietário da quinta e estava, no dia do acidente, a cortar os eucaliptos com uma motoserra. “Ele andava a cortar a madeira e eu estava a fazer-lhe companhia. Não andava mais ninguém, pois os homens só vinham no dia seguinte com os tractores para levar a madeira para cima”, afirmou Saúl Gomes de Sousa.

Jornal "Verdadeiro Olhar"

Inspectores da ACT estiveram no local para averiguar a forma como aconteceu a morte e vão, agora, abrir um inquérito para apurar as causas.

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