segunda-feira, 26 de abril de 2010

Declaração




Reunião Câmara de 26.4.2010


Ao longo dos últimos 10 anos o meu nome e da minha família foi violentamente mal tratado na praça pública por políticos ligados ao Partido Socialista e hoje alguns deles ainda com responsabilidade política no concelho e no País.

Neste período correu termos um processo crime pelo Tribunal Judicial de Castelo de Paiva em que se discutiu a existência física de um terreno numa venda que eu, a minha mãe e o meu irmão efectuamos e que o Ministério Público e autarcas ligados à estrutura local do Partido Socialista entendiam ter sido já vendido à Câmara Municipal de Castelo de Paiva.

Como é do conhecimento público eu fui absolvido no processo pelo Tribunal de Castelo de Paiva e esta absolvição foi confirmada num Acórdão divulgado em 7 de Abril último pelo Tribunal da Relação do Porto.

Nestes anos muitas foram as acusações que me fizeram.

Nestes anos pediram a minha suspensão do mandato.

Nestes anos com intervenções parlamentares apelaram aos responsáveis máximos do meu Partido que eu não tinha condições para me candidatar a Presidente da Câmara porque era arguido e sobre mim recaíam suspeitas de ter vendido um terreno que era propriedade da Câmara.

Nestes anos e por diversas vezes alguns membros do Partido Socialista de Castelo de Paiva levaram o assunto aos órgãos de comunicação social, local e nacional.

Promoveram debates e reuniões sobre o assunto.

Nas Eleições Autárquicas de 2001, 2005 e 2009 foi o principal tema da campanha eleitoral do Partido Socialista.

Nas Eleições Autárquicas de 2005 no comício de apresentação dos candidatos socialistas, realizado no Parque da Sta. Eufemea, com a presença do Ministro Vieira da Silva, foi anunciado por um militante e candidato socialista que eu ia a julgamento no Tribunal de Castelo de Paiva e eu ainda não sabia , nem tinha sido notificado.

Numa reunião de Câmara realizada a 12 de Abril de 2000 e numa Assembleia Municipal realizada a 26 de Abril de 2000 o então Vice – Presidente da Câmara, afirmou perante todos os membros e interrogado pelo Professor Joaquim Quintas, que os herdeiros de Ascendino Teixeira (mãe, irmão e PT) possuíam três artigos rústicos, e em devido tempo venderam à Câmara Municipal dois deles e que o mesmo estava fora do Perímetro dos Terrenos da Feira.

O Perito nomeado pelo Tribunal de Castelo de Paiva que entregou um relatório em Abril e Maio de 2007 confirmou isto tudo.

O Colectivo de Juízes no julgamento que decorreu em Castelo de Paiva, de Maio a Outubro de 2008, e o Acórdão do Tribunal da Relação do Porto confirmaram também isto.

O terreno alienado por mim e pela minha família tinha e tem existência física.

Por mais de uma vez a Assembleia Municipal reuniu extraordinariamente por causa deste assunto.

Esta questão foi discutida numa Assembleia Municipal extraordinária realizada no dia 28 de Junho de 2000 e em pelo menos mais seis Assembleias Municipais, no período de antes da ordem do dia.

O objectivo do Partido Socialista foi somente político com o objectivo de pressionar a opinião pública e os Tribunais através da imprensa, para uma questão com muitos anos.

O festival de notícias na imprensa foi uma constante.

Houve alguém ligado ao Partido Socialista que através da blogosfera inundou o mundo com este assunto.

O Partido Socialista quis substituir os Tribunais e fazer um julgamento público com chicana política à mistura.

O Partido Socialista devia estar convencido de que estava em algum país subdesenvolvido e não democrático do terceiro mundo, onde são normais os julgamentos populares e na praça pública.

Felizmente estamos num País livre e democrático onde qualquer cidadão se presume inocente até a decisão dos Tribunais transitar em julgado.

Eu sempre confiei nos Tribunais e aguardei sempre serenamente a sua decisão.

Mas, como cidadão comum não posso deixar de expressar alguns pensamentos que me ocorrem:

1- Achei e acho estranho que tendo a queixa sido arquivada pelo Ministério Público em 2000, seja posteriormente reaberto o processo pelo mesmo Ministério Público por iniciativa superior;

2- Há uma requisição de certidão da Câmara Municipal à Conservatória do Registo Predial, anexa ao processo e com a data de 11 de Janeiro de 1985, que prova que nesse ano, a Câmara Municipal tinha conhecimento de que naquela zona havia três artigos, a saber:

A Câmara Municipal adquiriu por escritura à minha mãe, os artigos 559 e 560 em Julho de 1985.

A Câmara Municipal não comprou o artigo 557 e foi este artigo que a família de Paulo Teixeira vendeu à Paivamarco.

A procura da verdade é o bem mais importante e o principal e aqui não fugiu à regra.

Fez-se justiça.

Hoje tal como sempre tive, a minha consciência está perfeitamente tranquila.

Entretanto no passado dia 7 de Abril, no noticiário das 12 horas da Rádio Independente Paivense ou Paivense FM como queiram chamar o Senhor Presidente da Câmara anunciou que teria dado instruções a funcionários da Autarquia para entrarem nesse mesmo dia no terreno que esteve na origem do referido processo crime e começado a praticar, ali, actos que poderiam dificultar e destruir os sinais existentes no terreno e que eram importantes para a demarcação dos limites do terreno que eu, a minha mãe e o meu irmão, na qualidade de herdeiros da herança do meu pai, vendemos à PAIVAMARCO na parte confinante com os limites do outro terreno comprado pelo Câmara às mesmas pessoas como co-herdeiras da mesma herança.

A prática destes actos consciente e voluntariamente ordenados pelo Presidente da Câmara, Gonçalo Rocha e praticados por funcionários da Câmara sob as suas ordens e instruções, no exacto momento em que, depois da absolvição da minha pessoa no Tribunal de Castelo de Paiva, ocorreu a confirmação desta decisão de absolvição pelo Tribunal da Relação do Porto, pode, eventualmente, vir a configurar a prática de actos ilegais puníveis pelos artigos 212º, 215º e 216º do Código Penal.

Assim, porque eu entendo que as questões ou divergências pessoais, patrimoniais e ou de delimitação de propriedades, quando tratadas por pessoas de Bem, devem ser resolvidas de forma extra - judicial e não judicial, dirigi-me ao Senhor Presidente da Câmara através do meu advogado no sentido que suspendesse a actuação que iniciou no terreno em causa e proceder à análise objectiva, impessoal e de boa fé, de todos os documentos, vestígios e sinais reveladores da delimitação do terreno vendido pela minha família.

Como o Senhor Presidente da Câmara não aceitou esta sugestão proposta pela minha pessoa através do meu advogado alguém com direito a tal já apresentou no Tribunal Judicial de Castelo de Paiva a queixa respectiva.

Lamento profundamente esta atitude do Senhor Presidente da Câmara e num ano em que se completam 36 anos da Revolução de Abril o senhor ao invadir propriedade particular e a tomar as atitudes que tomou desde 7 de Abril, provou que a democracia e o respeito pelas liberdades e garantias dadas aos Povo Português no dia 25 de Abril de 1974 passam-lhe ao lado.

A prática política característica de regimes menos democráticos começa a dar sinais de ser a postura política que se vive actualmente no nosso Concelho.

Castelo de Paiva, 26 de Abril de 2010

Paulo Ramalheira Teixeira



Áudio da declaração proferida por Paulo Teixeira em sede de reunião de Câmara(26-4-2010)

14 comentários:

Anónimo disse...

Gonçalo Rocha faz como Joaquim Quintas liberta-te de Antero Gaspar. Deixa as guerras do Teixeira e do Gaspar entre eles.

Anónimo disse...

Nunca se viu tal um Presidente de Camara a confrontar a justiça. Será que Gonçalo Rocha está a agir sozinhO? se sim corre para o abismo.

Anónimo disse...

Sou de Sardoura, votei PS nas últimas eleições porque o meu sobrinho ia na lista, mas aquilo que se passa com a rede na rotunda é um escândalo, é pior que os terrenos da feira. Dou a mão à palmatória o Paulo Teixeira tem razão. Augusto - Sá - Sardoura

Anónimo disse...

Eu nem quero acreditar que o meu Presidente fez o que fez já falei com alguns advogados da praça todos os que falei estão contra ele. Este cenário é surrealista. Começa mal o mandato. Américo-motorista

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Oh GR nem os teus vereadores te defendem...a prepotência a arrogância não te ajudam...
Abris te um precedente inimaginável...o do desrespeito pela lei e pela justiça...

Um paivense desiludido

Anónimo disse...

Estava na reunião de Camara e fiquei perplexo quando o Vereador Teixeira agradeceu o apoio que recebeu do Sr. António Rodrigues, hoje vice-presidente da Câmara e ele ficou calado. Quem cala consente. Gonçalo Rocha está sozinho. Isolado. Um socialista a começar a ficar desiludido. Sempre disse que o lugar para o Rodrigues era um mau negócio para nós. Está comprometido com o passado Teixeira. Foi ele que o ajudou sempre a ganhar. Agora estamos tramados.

Anónimo disse...

Quem desafia a justiça,mais cedo ou mais tarde acaba mal.

Anónimo disse...

Gonçalo Rocha começa a dar sinais de cansaço e de nervosismo....o assunto dos terrenos da Feira vai ser o princípio do fim de um mandato que tinha muito para dar. O PS que comece a arranjar alternativa. Assim não vamos lá. O nosso problema é que o segundoé vice foi expulso do PS em Janeiro de 2009.

Anónimo disse...

A declaração está bem escrita.

Mas parece-me mais uma choramingueira do que outra coisa.

Com este andar e argumentação, mais dia menos dia vai perder a razão que neste momento tem.

Anónimo disse...

O Gonçalo tem é os tomates no sitio porque alguns eram muito fortes mas eram com os advogados pagos com o dinheiro da camara e de todos nós e isso é que esta a doer

Anónimo disse...

digam uma coisa o Pt foi absolvido do crime de falsicação de documentos mas o tribunal e a relaçao do Porto pronunciou.se sobre a razão da posse do tereno ou nao é que num percebo nada disto

Anónimo disse...

Se o terreno já não é do Sr. Dr., porque está tão indignado?!
Porque não deixa a Pavimarco resolver o assunto com a Câmara. Não entendo. Porque leva o assunto para o salão nobre, quando deviam era discutir os problemas por si criados. Foi eleito como vereador, faça algo de útil e não aproveito este assunto para criar ruido. A seu tempo a justiça há-de resolver o assunto, enquanto isso, vamos ao trabalho. Pode ser?

Anónimo disse...

A alguns socialistas custa verem que nada estao a fazer pelo concelho e já se esqueceram que ao longo de 10 anos encharcaram os paivenses com os terrenos da feira, na camara, na assembleia, nos cafes, na radio oficial do partido, nos jornais, enfim....não contavam é com esta decisão. Força Paulo Teixeira tens neste caso a maioria da população contigo.

Fotos sobre concelho Castelo de Paiva