Castelo de Paiva avança com 2,9 milhões de euros em obras para rede de saneamento

A Câmara Municipal de Castelo de Paiva apresenta hoje à população o novo sistema de saneamento local, que, segundo o chefe do Executivo, é uma obra "aguardada há décadas e que as pessoas já não acreditavam possível".

Em declarações à Lusa, Gonçalo Rocha refere que o novo Sistema Multimunicipal de Saneamento de Castelo de Paiva envolve um investimento de 2,9 milhões de euros e será concretizado pela SIMDOURO, que, integrando capital da autarquia, ficou com a concessão do sistema por um prazo de 50 anos.


"Este é um plano que foi gizado há várias décadas e algumas pessoas já nem acreditavam que ele ainda avançasse", afirma o autarca. "Mas finalmente estamos a dar passos importantes para que ele comece realmente a funcionar".

O plano hoje apresentado reporta à criação do sistema de abastecimento em alta, que integra dois quilómetros de intercetores, duas estações elevatórias e três estações de tratamento de águas residuais (ETAR). Uma delas já está em construção em Fornos, enquanto as outras duas, a criar em Pedorido e Sardoura, terão caráter provisório, até que se possa avaliar se o respetivo volume de caudal é suficiente para justificar estruturas definitivas.

No total, essas três estações deverão no futuro permitir a recolha e o tratamento dos esgotos de cerca de 10.000 habitantes, através do que a autarquia define como "soluções tecnologicamente avançadas e sustentadas, que contribuirão para a preservação ambiental e a significativa melhoria da qualidade da água do rio Douro".

A primeira ETAR deverá ficar concluída no primeiro semestre de 2014 e, quanto às restantes, "espera-se que possam arrancar de imediato e depois terão um plano de execução de um ano".

A partir daí, e considerando que o concelho já tem construída 40 por cento da rede de abastecimento em baixa (ao nível do acesso aos consumidores finais), só ficarão a faltar as ligações domiciliárias, cujos encargos ficam à responsabilidade de cada utente - e são obrigatórios por lei.

"Essa vai ser uma fase mais complicada", admite Gonçalo Rocha, "mas vai mudar a qualidade de vida das pessoas e do ambiente em geral, e essas são duas questões muito importantes a garantir".





Lusa