Realizou-se no passado dia trinta de Abril a reunião da Assembleia Municipal (AM) que, entre outros assuntos, analisou e aprovou, com os votos contra do PS, o relatório e as contas do município paivense.
Antes de mais vamos lá fundamentar o título desta crónica. Como sabemos, uma das críticas que temos feito à gestão financeira da Câmara Municipal, é o endividamento crescente que se tem verificado com esta maioria PSD. Há muito tempo que reclamamos contra o constante avolumar da dívida municipal e pela implementação de uma solução estratégica que coloque o município de novo na lista dos cumpridores. Ora, ao contrário do que querem fazer crer, o passivo total do município aumentou de 2007 para 2008. Em 31.12.2007 o total do passivo era de € 20.036.479,37 e em 31.12.2008, de acordo com o Balanço aprovado, era de € 20.386.943,41. Temos assim um agravamento do passivo de € 350.464,04, o que representa um aumento de 1,75% em relação ao ano anterior.
Uma vez que o município está há vários anos impedido de contratar empréstimos de longo prazo, pelos limites de endividamento impostos desde o tempo em que a Dra. Manuel Ferreira Leite ocupava a pasta das Finanças, com a amortização normal que vai fazendo nestes empréstimos, vai diminuindo o seu valor em dívida. Assim, houve com certeza uma diminuição da dívida de médio e longo prazo. Era obrigatório que tal acontecesse
O problema é que a diminuição que tem ocorrido na divida de médio e longo prazo não é acompanhada pela diminuição das outras rubricas do passivo. Pelo contrário. Por exemplo, em 2008 recorreu-se a um empréstimo de curto prazo, que deveria ter sido pago no mesmo ano – o que não ocorreu e que influenciou o aumento das dívidas a terceiros de curto prazo.
Assim, continuamos a ter o município a violar vários dos critérios que definem uma aceitável situação financeira. Continuamos a ter fornecedores de bens e serviços à espera de receber os seus créditos, alguns com mais de dez anos. Continuamos a ter uma gestão incapaz de cumprir a tempo e horas os compromissos que vai assumindo.
Tarda em surgir uma solução que ponha cobro à desastrada e incompetente gestão municipal instalada na Câmara de Castelo de Paiva.
Deixo uma última nota para a incompreensível e inexistente defesa das contas por parte dos elementos do executivo e dos membros da bancada do PSD na AM. Os primeiros recusaram-se a responder ou a dar qualquer explicação às perguntas e às dúvidas colocadas. Os segundos, sobre o tema, nada disseram.
José António Rocha
Membro da AM de Castelo de Paiva
Antes de mais vamos lá fundamentar o título desta crónica. Como sabemos, uma das críticas que temos feito à gestão financeira da Câmara Municipal, é o endividamento crescente que se tem verificado com esta maioria PSD. Há muito tempo que reclamamos contra o constante avolumar da dívida municipal e pela implementação de uma solução estratégica que coloque o município de novo na lista dos cumpridores. Ora, ao contrário do que querem fazer crer, o passivo total do município aumentou de 2007 para 2008. Em 31.12.2007 o total do passivo era de € 20.036.479,37 e em 31.12.2008, de acordo com o Balanço aprovado, era de € 20.386.943,41. Temos assim um agravamento do passivo de € 350.464,04, o que representa um aumento de 1,75% em relação ao ano anterior.
Uma vez que o município está há vários anos impedido de contratar empréstimos de longo prazo, pelos limites de endividamento impostos desde o tempo em que a Dra. Manuel Ferreira Leite ocupava a pasta das Finanças, com a amortização normal que vai fazendo nestes empréstimos, vai diminuindo o seu valor em dívida. Assim, houve com certeza uma diminuição da dívida de médio e longo prazo. Era obrigatório que tal acontecesse
O problema é que a diminuição que tem ocorrido na divida de médio e longo prazo não é acompanhada pela diminuição das outras rubricas do passivo. Pelo contrário. Por exemplo, em 2008 recorreu-se a um empréstimo de curto prazo, que deveria ter sido pago no mesmo ano – o que não ocorreu e que influenciou o aumento das dívidas a terceiros de curto prazo.
Assim, continuamos a ter o município a violar vários dos critérios que definem uma aceitável situação financeira. Continuamos a ter fornecedores de bens e serviços à espera de receber os seus créditos, alguns com mais de dez anos. Continuamos a ter uma gestão incapaz de cumprir a tempo e horas os compromissos que vai assumindo.
Tarda em surgir uma solução que ponha cobro à desastrada e incompetente gestão municipal instalada na Câmara de Castelo de Paiva.
Deixo uma última nota para a incompreensível e inexistente defesa das contas por parte dos elementos do executivo e dos membros da bancada do PSD na AM. Os primeiros recusaram-se a responder ou a dar qualquer explicação às perguntas e às dúvidas colocadas. Os segundos, sobre o tema, nada disseram.
José António Rocha
Membro da AM de Castelo de Paiva