Em função dos resultados apurados nas recentes Eleições Autárquicas que, neste concelho, se traduziram na vitória do Partido Socialista, Gonçalo Rocha tomou posse como novo presidente da Câ
mara Municipal de Castelo de Paiva para o próximo quadriénio 2009/2013, substituindo o social – democrata Paulo Teixeira, que deixou a autarquia paivense, depois de três mandatos consecutivos na liderança dos destinos do Município. Foi impressionante a participação popular na cerimónia de Tomada de Posse dos novos órgãos autárquicos de Castelo de Paiva, realizada ao final da tarde do passado Sábado, com o espaço do Auditório Municipal, a “ rebentar pelas costuras “, sendo de destacar a presença dos presidentes da Câmaras Municipais de Cinfães, Espinho e Arouca, entre deputados à Assembleia da República, ex-secretários de Estado, autarcas de freguesias vizinhas, dirigentes associativos e muito povo que, nesta hora de “ transição de poder” quis estar ao lado de Gonçalo Rocha e desejar boa sorte ao novo edil paivense para que, tenha um mandato de sucesso e coragem para enfrentar as dificuldades que o cargo exige e representa.Ao lado de Gonçalo Rocha, tomaram posse como vereadores do Partido Socialista e do novo executivo Municipal, Antonio Rodrigues, ex-presidente da Junta de Freguesia da Raiva, Judite Quintas e José CarvalhoNa sua longa intervenção, onde não deixou de evidenciar o apoio da família nestes anos de vivência partidária, e a confiança que a população paivense lhe manifestou nestas eleições, Gonçalo Rocha destacou que vai promover, de imediato, uma auditoria financeira para avaliar a situação das contas do Município e que pretende consolidar uma estrutura municipal mais leve, com maior capacidade de resposta e de concretização dos projectos, explicando depois, que o quadro de pessoal da autarquia esta desajustado da realidade e das necessidades dos serviços, ao mesmo tempo que, com a coragem que lhe é peculiar, referiu pugnar por uma gestão rigorosa, criteriosa e transparente, sempre na perspectiva de dar a Castelo de Paiva o progresso e o desenvolvimento sustentado que precisa e merece.Depois de recordar o amigo Professor Joaquim Quintas, como “ autarca valoroso, empenhado e dedicado à causa pública, que partiu de entre nós em plena juventude, deixando, de uma forma inequívoca, o seu nome para sempre ligado à história do poder local e do Município “, o novo edil paivense fez questão de dizer, no momento da posse como Presidente da Câmara, aceitar o novo desafio com muita honra, orgulho, satisfação e, sobretudo, ciente da grande responsabilidade que agora assume, perante os paivense e perante o concelho.UM NOVO CICLO PARA CASTELO DE PAIVA: mudança e confiança no futuroGonçalo Rocha mostrou, também, que acredita nas potencialidades do Concelho, na sua capacidade empreendedora e solidária, num objectivo de futuro baseado em princípios de sustentabilidade, que permita às gerações vindouras aqui encontrar condições de vida saudável e de desenvolvimento, destacando depois que, “ ao votarem maioritariamente na candidatura que protagonizamos, os Paivenses fizeram-no perspectivando um novo modelo de governação, que se encontra evidenciado no programa eleitoral apresentado. Escolheram uma nova maneira de fazer política, por pessoas que têm a política como um serviço público, alicerçada em valores e causas, dando voz aos cidadãos, promovendo o debate de ideias, utilizando uma linguagem de verdade, cumprindo os compromissos assumidos, combatendo as desigualdades sociais, gerindo os dinheiros públicos de forma rigorosa, criteriosa e transparente “. Para o novo autar
ca, a escolha dos paivenses só tem uma leitura possível: mudança e confiança no futuro, até porque, “ o poder só tem sentido quando exercido em função dos anseios, das aspirações, dos sonhos de quem nos delega essa responsabilidade – o povo que nos elege. Um projecto, que não concretiza a esperança e o sonho, será sempre um desafio votado ao fracasso. Agora, o povo passou-nos esse desafio. O nosso papel é o de concretizar esse sonho, essa esperança “, destacou Gonçalo Rocha na sua intervenção perante milhares de pessoas que acompanharam a cerimónia da posse. A gravíssima situação financeira do Município não foi esquecida pelo novo presidente, para quem o objectivo do rigor financeiro, de organização e gestão do Município, deve assentar na ideia de que os grandes desafios do desenvolvimento local impõem uma governação autárquica cada vez mais eficiente, rigorosa e participativa, “ e se queremos mudar, devemos começar pela própria casa “, citando depois , um conjunto coerente de intervenções nas seguintes dimensões fundamentais: - rigor financeiro na gestão do Município, fazendo face à situação deveras difícil, considerada mesmo ruinosa, em que este se encontra; - procurar reduzir as despesas de funcionamento e aumentar a eficácia dos serviços municipais; - assumir uma administração rigorosa, aberta e amiga do cidadão; - melhorar o relacionamento com as juntas de freguesia, descentralizando competências e serviços, reavaliando os modos de colaboração, de forma a obter maior produtividade, rigor e responsabilidade nas acções, e mais igualdade na aplicação dos recursos. UM FUTURO MELHOR PARA TODOS OS PAIVENSESMostrando-se fortemente empenhado e motivado para trabalhar e lutar por Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha não deixou de abordar a luta contra a exclusão social, a necessidade de combater o desemprego, atraindo novas empresas e criando postos de trabalho, corrigir as assimetrias existentes entre as freguesias, pugnar pela revisão do PDM, incentivar a pratica desportiva e uma nova dinâmica cultural, fortalecer o espírito associativo, consolidar politicas de acção social orientadas para a infância e para a terceira idade, apostar na rede viária e nas vias estruturantes que fazem falta ao desenvolvimento do concelho como o IC 35 e a conclusão da Variante à EN 222, e as ligações ao principais eixos rodoviários do Litoral e do Grande Porto, salvaguardar o património cultural e natural do concelho e desenvolver as suas potencialidades turísticas, reforçar o atendimento e informação ao munícipe, comemorar com dignidade os 500 anos da criação do concelho, assim como o apoio á rede escolar e uma intervenção mais acentuada na requalificação dos espaços públicos.A concluir, o edil paivense falou na cooperação com o Governo de José Sócrates e destacou a necessidade de melhorar a coordenação com os concelhos vizinhos, potenciar a participação na Comunidade Urbana, criando uma cultura de aproximação que fomente relações de cooperação adequada para um melhor desenvolvimento local e regional, mas mantendo o ritmo próprio que sempre caracterizou Castelo de Paiva, ao mesmo tempo que, disse esperar, da Assembleia Municipal, “ uma postura fiscalizadora, que se impõe e se deseja, mas também uma postura de responsabilidade perante o mandato que foi conferido pelos Paivenses a cada um de nós. O combate político, frontal e leal, é um valor acrescentado da democracia. O confronto de concepções e perspectivas só poderá ser benéfico para o futuro do nosso Município “, acreditando que, apesar de não ter uma maioria no órgão deliberativo, “ a Assembleia Municipal vai ser, acima de tudo, o espelho dos superiores interesses do Concelho, promovendo a estabilidade que foi conferida a esta Câmara Municipal agora empossada “.Paulo Teixeira, que presidiu 12 anos aos destinos do concelho, disse regressar à vereação disposto a contribuir para um “clima de paz e tolerância “, sendo acompanhado na oposição por Rui César Castro e Vanessa Pereira.Após a tomada de posse dos membros do Executivo e da Assembleia Municipal e da intervenção do novo edil paivense, realizou-se a primeira sessão da Assembleia Municipal, já no espaço do Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde foi eleita a Mesa deste órgão deliberativo, valendo as inerências das Juntas de Freguesia para dar a presidência da mesa ao social democrata Lopes de Almeida, mau grado o Partido Socialista, através de João Campos, ter vencido as eleições por mais de 370 votos de diferença.