Para não se reflectir no bolso dos paivenses

CM de Castelo de Paiva vai assumir aumento de 5% nas tarifas da água

A Câmara Municipal de Castelo de Paiva vai suportar a subida de 5% de aumento nas tarifas da água, imposta pelo Governo e pelas empresas Águas de Portugal e Águas do Douro e Paiva, evitando assim que esse acréscimo se possa reflectir no bolsos dos consumidores paivenses, anunciou esta semana o presidente da edilidade, Gonçalo Rocha, considerando a decisão completamente inoportuna e desajustada, tendo em conta o actual contexto de crise económica e social que se está a viver.

O autarca paivense mostra-se indignado que, numa ocasião em que a crise e as dificuldades mais se evidenciam, se aprovem aumentos deste nível num serviço essencial como é o abastecimento público, referindo que a Câmara Municipal irá suportar esse encargo, de forma a não penalizar ainda mais os consumidores,  já de si saturados com a carga fiscal, com o problema do desemprego, ordenados em atraso e tantas outras dificuldades num quotidiano que se apresenta cada vez mais complicado.

Gonçalo Rocha destaca o sacrifício que o município terá de assumir, ao nível do orçamento municipal, para não imputar este aumento nas tarifas da água aos munícipes, com a agravante que o aumento imposto agora pela tutela às câmaras municipais tem efeitos retroactivos a Janeiro, e logo numa altura em que a autarquia paivense, tal como outras, já tinha aprovado as suas tarifas de água para o corrente ano.

É importante procurar atenuar as dificuldades das famílias e das empresas, evitando maiores despesas no seu orçamento mensal, daí a decisão da edilidade paivense não aumentar o preço da água distribuída pela rede pública, cujas despesas com a manutenção já representa um encargo considerável para a autarquia paivense, sendo que esta decisão que representa  um custo de quase 30 mil euros para o Município!

Recorde-se que são 20 os municípios que integram a estrutura accionista das Águas Douro e Paiva e que, com este aumento, passam a pagar, em alta, tarifas de 0,377 euros /m3 em vez dos actuais 0,359/m3 o que corresponde a uma subida de cerca de 5% no custo final.

Carlos Oliveira