SEGUNDO INFORMAÇÃO DA EDM
COMBUSTÃO LENTA DAS MINAS DO PEJÃONÃO REPRESENTA PERIGO NO IMEDIATO
·Gonçalo
Rocha quer uma solução rápida e eficaz para o problema
Foto Carlos Oliveira
Depois da recente visita dos
técnicos ao concelho, nomeadamente à localidade de Pedorido, a Empresa
de Desenvolvimento Mineiro (EDM) comunicou esta semana que a combustão
de resíduos das antigas Minas do Pejão, localizadas na zona de Castelo
de Paiva, que está a acontecer desde o terrível incêndio de meados de
Outubro, “ não representa no imediato um motivo de alarme para a
população ”.
“ Apesar de considerar que esta
situação não representa no imediato um motivo para alarme para a população, a EDM esclareceu
em comunicado, que procedeu à colocação no local de uma Estação de
Monitorização de Qualidade do Ar, de forma a assegurar a medição de
monóxido de carbono, óxidos de azoto, dióxido de enxofre e partículas no
sentido de clarificar os impactes nas populações localizadas na envolvente onde
se tem verificado a combustão ”.
Recorde-se que a CM de
Castelo de Paiva e a União de Freguesias de Raiva, Pedorido e
Paraíso estão a acompanhar a situação, manifestarando desde logo
preocupação quanto à situação da combustão que se tem observado desde Outubro,
participando à Agência Portuguesa do Ambienteesta ocorrência
provocada pelo incêndio que destruiu mais de 60% da área do concelho, reclamando
uma solução rápida e eficaz para o problema, tendo em conta a saúde pública e a
protecção de que vive por perto, sendo que, o edil Gonçalo Rocha que
em Dezembro já tinha reportado a situação à Direcção Geral de Energia e
Geologia, mantém-se no entanto, preocupado com a combustão lenta das
escombreiras, apesar dos técnicos garantirem que, para já, a situação não
representa perigo para a população local.
Na passada sexta-feira, técnicos da EDM estiveram
no local para avaliar a situação, acompanhados de autarcas de Castelo de Paiva,
o que permitiu recolher dados para ser iniciado um estudo, agora anunciado, que
vai permitir determinar a solução técnica para este problema que afecta esta
zona do Couto Mineiro.
“ Em resultado desta visita, a EDM verificou
que os focos de combustão se encontram limitados a materiais depositados em
escombreiras, não existindo evidência de que se tenham propagado às jazidas de
carvão que não foram exploradas no subsolo”, esclareceu em comunicado.
No relatório apresentado, a empresa
acrescenta ainda que, “a combustão lenta de materiais carboníferos depositados
em escombreiras é responsável pela emissão dos gases de combustão do carvão que
se tornaram mais intensos com as últimas chuvas, em resultado do acréscimo de
evaporação de água da precipitação em contacto com os focos de combustão” e
assim sendo, apesar de os focos de combustão se localizarem em terrenos
privados, acrescenta a EDM, “ procedeu-se à colocação de vedações
provisórias nas áreas que não estavam vedadas de modo a garantir a segurança”.
“ São medidas urgentes e
necessárias para avaliar os efeitos nas populações dos focos de combustão e
prevenir acidentes nas zonas afectadas, enquanto decorre o Estudo da
Solução Técnica para, numa primeira fase, proceder à extinção
dos focos de combustão e, posteriormente, proceder aos ajustamentos
necessários nas escombreiras no sentido de evitar novas ocorrências no futuro”,
informou ainda a EDM, entidade que é responsável pela caracterização e
recuperação ambiental das áreas mineiras degradadas e sua monitorização, no
âmbito do contrato de concessão atribuído pelo Estado Português.
O
presidente Gonçalo Rocha, que acompanhou a visita dos técnicos da
EDM ao terreno, confirmou que foi verificado que os focos de combustão se
encontram limitados a materiais depositados em escombreiras, foi ordenada a
vedação dos locais e a instalação de sensores de monitorização do ar,
estandoagora aguardar o relatório dessa visita por parte da empresa pública.
Carlos Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário