NESPEREIRA FC 2 OLIVEIRA DO DOURO 1
· A importância de acreditar até ao fim
Jogo no Campo de Jogos Isidro Semblano, em Nespereira
Árbitro: Adelino Duarte ( Armamar ), auxiliado por Marco Santos e Carlos Henriques
Nespereira FC:
Branco; Cadinha, Vilarinho, Nuno Cardoso e Mexicano; Pepe (Pedro Vilarinho – Sérgio Duarte), Hélder e Sandro ( Bruno Teixeira ); Jorginho, Sérgio Silva e Lino
Treinador : José Alves
Oliveira do Douro:
Moka; Hilário, Ricardo, Zé Mário e Pedro; Luís Carlos, Nesco e Palito; Victor Hugo, Hugo e Nuno Mendes
Treinador : João Bernardo
Ao intervalo: 0-1
Cartões Vermelhos : Jorginho e Diogo Baptista, do Nespereira
Cartões Amarelos: Cadinha, Vilarinho, Mexicano
Golos: 0-1 por Pedro aos 27m, 1-1 por Cadinha aos 58m e 2-1 por Lino, aos 61m
Em tarde gélida e de chuva forte, não foi fácil o triunfo do Nespereira neste “derby” cinfanense, disputado frente à aguerrida equipa de Oliveira do Douro.
Muito mais resistente no confronto físico, a turma visitante começou por praticar um futebol rápido, estruturado em jogadas ao primeiro toque, ao contrário dos anfitriões, que se revelaram mais tecnicistas e com uma estratégia de jogo mais apurada, que não surtiu efeito no período inicial.
Com a expulsão do nespereirense Jorginho, ainda bem cedo, os visitantes cresceram e tentaram controlar o jogo, e à passagem da meia-hora, o Oliveira do Douro chegou ao golo, num lance de belo efeito, sem culpas para o guarda-redes local.
O Nespereira não se deu por vencido e com ambição foi à procura do empate e só não o conseguiu de imediato, por manifesto azar, num período em que o árbitro protagonizou alguns erros, merecedores de forte contestação por ambas as equipas.
Na segunda metade do encontro, os locais mantiveram o pendor ofensivo, tentando igualar a partida, mas o Oliveira do Douro estava coeso no sector defensivo e conseguia resistir bem, encetando, por vezes, com perigosos contra-ataques que o reduto defensivo do Nespereira ia anulando com mestria.
Até que um deslize na área de rigor da equipa visitante foi merecedor de castigo máximo, que Vilarinho não enjeitou, convertendo com sucesso e estabelecendo o empate aos minutos.
Entusiasmada com a igualdade, a equipa de Nespereira lançou-se deliberadamente ao ataque e não demorou muito a conseguir a dar a volta ao resultado, com uma recarga vitoriosa de Lino, que aproveitou bem um lance em que a trave devolveu o esférico, depois de um potente estoiro de um avançado local.
A reviravolta espevitou ainda mais o jogo e a partir daqui foi uma luta sem tréguas, com muitas paragens de jogo, alguns casos e uma exagerada amostragem de cartões para tentar segurar o jogo, que terminou com cenas menos próprias para vizinhos do mesmo concelho.
No final, resultado certo da equipa que lutou com denodo para chegar à vitória, num jogo de rivalidade e de nervos, com uma arbitragem muito irregular e muita picardia à mistura.
Carlos Oliveira – texto e foto
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