quarta-feira, 8 de novembro de 2017

AFECTADAS PELO INCÊNDIO DE 15 DE OUTUBRO
SECRETÁRIO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO E COESÃOEXPLICOU MEDIDAS DE APOIO PARA RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
Gonçalo Rocha quer recuperar todos os postos de trabalho afectados

O Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, esteve recentemente na Câmara Municipal de Castelo de Paiva, para apresentar e explicar as medidas de apoio para a recuperação das empresas afectadas pelo grande incêndio de 15 de Outubro, que destruiu cerca de 80 % do território municipal, sendo que, a partir desta semana, estão abertas as candidaturas para esses apoios financeiros, nomeadamente para a reabilitação das industrias que ficaram destruídas.  


Segundo foi referido neste encontro em Castelo de Paiva, Nelson Souza, deverá voltar esta semana a Castelo de Paiva, para presidir a “ uma grande reunião” com responsáveis das empresas afectadas pelo terrível incêndio de Outubro, estando prevista a participação de um representante da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), entidade para onde deverão ser remetidos os relatórios a pormenorizar os prejuízos contabilizados nesta tragédia, sendo que o principal objectivo da visita será explicar “a parte operacional” do pacote de apoio que o Governo já fez publicar no Diário da República.
Nesta reunião, também deverão ser abordados os planos para apoiar pessoas que foram atingidas pelo fogo e que contabilizam enormes prejuízos, nomeadamente cerca de 15 famílias (total de 34 pessoas) que estão nessa situação e que viram as suas habitações destruídas ou seriamente danificadas.
Recorde-se que a 21 de Outubro, em Conselho de Ministros, o Governo de António Costa tinha anunciado que, em parceria com as autarquias, irá disponibilizar cerca 30 milhões de euros para a reconstrução de primeiras habitações e 100 milhões para a intervenção em unidades produtivas, sendo que, conforme destacou o presidente Gonçalo Rocha,  que reuniu com aquele governante e com empresários e trabalhadores do concelho,  “ a partir desta semana, as empresas afectadas  já se podem candidatar aos apoios que são concedidos pelo Governo ”.
O edil paivense deu conta que prossegue o trabalho de inventariação, reafirmando que as chamas afectaram directamente 158 empregos no concelho, um número que se eleva aos 200, considerando os postos de trabalho indirectos, ao mesmo tempo que sublinhou que Nelson Souza anunciou um instrumento de apoio para a reconstrução de empresas que garantirá, “ a fundo perdido ”, até 85 por cento das verbas necessárias, elencando também a concessão de condições de “crédito em condições vantajosas”, bem assim como “a constituição de um fundo de maneio para que as empresas tenham liquidez ”.
No final da reunião com o governante, o presidente Gonçalo Rocha avisou que “o Estado não se sobreporá aos seguros”, antes irá funcionará como  “complemento”, acudindo na medida do que não estiver coberto, e na perspectiva de que cada uma das empresas afectadas terá de formalizar a respectiva candidatura, ao mesmo tempo que deixou bem vincado, que não vai descansar  “enquanto não vir o concelho de Castelo de Paiva a reencontrar – se com a vida “.
Em Diário da República (edição do dia 2 deste mês), o Executivo de António Costa inscreveu a criação de “ um sistema de apoio ao restabelecimento da capacidade produtiva das empresas afectadas total ou parcialmente pelos incêndios, através de subsídios não reembolsáveis para a compra de máquinas, equipamentos e material circulante de utilização produtiva, deduzidos do valor recebido dos seguros existentes”.
Complementarmente, ficou a saber nesta reunião em Castelo de Paiva, que será assegurado “um crédito de tesouraria e de relançamento da actividade, através de uma linha de crédito com acesso facilitado por via de uma garantia pública e com juros bonificados”. |
Carlos Oliveira

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