Num tempo marcado pela dor e consternação
GONÇALO ROCHA TOMOU POSSE NO SÁBADO PARA O TERCEIRO MANDATO EM CASTELO DE PAIVA
* autarca vai manter politica de proximidade numa gestão de seriedade e rigor
Depois do Partido Socialista ter vencido com ampla vantagem as eleições autárquicas, o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, tomou posse na tarde do passado Sábado, para o próximo quadriénio 2018/2021, naquele que será o terceiro mandato à frente dos destinos da edilidade paivense, numa cerimónia realizada no espaço do Auditório Municipal, e que serviu também, para empossar a nova Assembleia Municipal, presidida por Gouveia Coelho, e cuja maioria também é detida pelos socialistas.
Num ambiente marcado pela dor e consternação que se vive num concelho que viu 80 % território reduzido a cinzas pelo incêndio da noite de 15 de Outubro, traduziu-se num acto simples, contido e singelo a cerimónia de Tomada de Posse dos novos órgãos autárquicos de Castelo de Paiva, sendo de destacar a presença do edil do vizinho concelho de Cinfães, responsáveis da CIM do Tâmega e Sousa, do IEFP de Penafiel, autarcas de freguesias vizinhas, dirigentes associativos e população que, neste momento solene, quis estar ao lado de Gonçalo Rocha e desejar boa sorte ao edil paivense, para que tenha um mandato de sucesso e coragem para enfrentar as dificuldades que o cargo exige e representa, agora mais do que nunca, perante a situação de desgraça que se abateu sobre o Município paivense.
Ao lado de Gonçalo Rocha, tomaram posse como vereadores do Partido Socialista e do Executivo Municipal, António Rodrigues, Paula Melo e José Carvalho, bem como José Rocha, Vanessa Pereira e Mauro Lopes, pelo PSD, e na sua longa intervenção, onde enalteceu o exercício do direito de voto num acto eleitoral que decorreu com toda a normalidade, o presidente da CM, aproveitou para voltar a agradecer a confiança depositada na sua candidatura e na sua equipa, assegurando que continuará a dar o melhor de si para corresponder a essa convicção, especialmente neste momento triste num quadro de dificuldades acrescidas que marca a vida municipal.
Aos que optaram por outras candidaturas, o autarca de Castelo de Paiva expressou o profundo respeito pela opção que livremente tomaram, “ sendo certo que todos os paivenses serão tratados de forma justa e igualitárias “, evidenciando que, continuará a ser o presidente de todos os paivenses, assegurando igualdade de tratamento e de oportunidades nas suas relações com o Município, mantendo a vontade de continuar a privilegiar, como sempre, uma relação de grande proximidade com as pessoas e com os problemas do município, com as instituições, as associações e as colectividades, com todos aqueles impulsionam e contribuem de forma decisiva para a economia do concelho.
MANTER UMA POLITICA DE PROXIMIDADE
O autarca socialista evidenciou a satisfação imensa e o orgulho por ter recebido um mandato tão expressivo dos paivenses para, por Castelo de Paiva, continuar a trabalhar com verdade, empenho e seriedade, procurando sempre o caminho mais correcto, o caminho do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida para toda a população e aproveitou a oportunidade para cumprimentar e saudar todos os autarcas que tomaram posse, extensivo aos presidentes das Juntas de Freguesia, desejando que os mandatos que agora iniciam se venham a revelar profícuos para todos, sem excepção, e sobretudo para os paivenses que os outorgaram, ao mesmo tempo que deixou também, uma palavra de agradecimento aos autarcas que cessaram funções, pela dedicação demonstrada e pelo serviço prestado à causa pública, e que, nos anos decorridos, se empenharam no exercício das suas funções nos órgãos do Município e das freguesias em prol do desenvolvimento do concelho, destacando ser sua vontade dar continuidade a uma gestão rigorosa, criteriosa e transparente, sempre na perspectiva de dar a Castelo de Paiva o progresso e o desenvolvimento sustentado que precisa e merece e mantendo sempre a politica de proximidade que foi uma das prioridades e tão bons resultados deu nestes oito anos que leva de governação municipal.
Para o presidente Gonçalo Rocha, que protagonizou uma vitória ampla em Castelo de Paiva, com uma diferença de cerca de 2000 votos, traduzida numa percentagem de 56,95%, com 4-3 em mandatos, é preciso agora saber honrar a confiança que recebida, prometendo manter neste novo mandato, a postura de trabalho, dedicação, justiça, rigor, competência e honestidade que tem caracterizado a sua acção, procurando sempre a transparência no processo da gestão municipal.
“ Encaro este mandato como a expressão do sentir da comunidade quanto ao seu futuro, em especial o futuro das novas gerações, considero-o como um desígnio colectivo que incorpora as aspirações, os anseios e a esperança de todos os que acreditam num futuro melhor nesta terra que amamos, de todos os que sentem que vale a pena lutar por Castelo de Paiva, daí entender que a escolha dos Paivenses foi inequívoca e só pode ter uma leitura: estamos no caminho certo, com confiança no futuro “, destacou o presidente na sua intervenção no inicio deste novo mandato.
Orgulhoso pelo trabalho desenvolvido nestes últimos oito anos, onde conseguiu reduzir para metade a dívida municipal, e lançar uma grande aposta nas politicas sociais orientadas para os mais desfavorecidos, Gonçalo Rocha quer continuar no caminho certo, prometendo trabalhar com verdadeiro sentido de responsabilidade, para garantir um futuro promissor e equilibrado para os paivense e Castelo de Paiva.
Recordando a tragédia dos incêndios que devastou o concelho, o autarca sublinhou que não irá regatear esforços para caminhar no sentido da confiança e da esperança no futuro, referindo que Castelo de Paiva é uma terra que sempre lutou contra o infortúnio e as adversidades e nunca se deixou, nem deixará, abater nem resignar, frisando que, “ só vou descansar quando vir Castelo de Paiva a reencontrar-se com a vida “, sendo esta a hora de respeitar e ser solidário com quem sofreu e sofre com este trágico acontecimento.
Para o edil paivense, “ é tempo de arregaçar as mangas para reforçar a nossa energia e o nosso ânimo para trabalhar ainda mais pela nossa terra “, até porque, “ o tempo triste, de amargura e consternação que se vive em Castelo de Paiva, “ vai exigir de nós empenhamento e forte determinação para ultrapassar as dificuldades, por isso é preciso agora, saber honrar a confiança que recebemos, estar ao lado da população, dos mais sofreram com esta tragédia dos incêndios, procurar minimizar os enormes danos espalhados pelo território municipal, afectando pessoas e bens, empresas e postos de trabalho, ajudando quem precisa, promovendo a coesão social, o bem estar para todos “.
MANTER UMA GESTÃO RESPONSÁVEL, DE RIGOR E SERIEDADE
Recordando a pesada herança recebida no inicio do primeiro mandato, com uma dívida astronómica, um considerável “ passivo bancário “ e a ausência de crédito junto dos fornecedores, Gonçalo Rocha fundamentou a necessidade de prosseguir politicas de rigor orçamental, procurando a sustentabilidade financeira e o equilíbrio das contas públicas, mostrando orgulhoso por ter conseguido uma redução substancial da dívida e de ter devolvido a credibilidade ao município, insistindo por outro lado, na necessidade de um desenvolvimento sustentável que tem que passar pela promoção e valorização do “ capital social “, do “ capital humano “ e do “ capital natural “ do município, considerados três eixos estruturantes de uma visão integradora de desenvolvimento, que já potenciou projectos estruturantes ao nível da dinamização turística, com início assegurado e que queremos realizar com sucesso, potenciando a empregabilidade e riqueza para o território.
A difícil situação financeira do Município, e as enormes restrições impostas pela Administração Central, obrigam ainda hoje e todos os dias, segundo realça o presidente, a um esforço colossal para honrar os compromissos, evidenciando que gostaria de ter feito muito mais, mas o legado da dívida não permite fazer mais do que foi feito, e tem sido muito refere Gonçalo Rocha, que sublinha que a gestão municipal não se vai desviar do objectivo essencial, sob pena de hipotecar o presente e o futuro dos Paivenses, assumindo o compromisso de sempre que a “ a obra faz-se, a obra paga-se “, destacando depois que se conseguiu motivar o interesse empresarial, fixar novas industrias, realizar importantes investimentos, e continuar focados nas politicas de apoio social para as pessoas, sobretudo as que mais precisam, contabilizando o Transporte Solidário para os Doentes, as refeições e transportes escolares, a Loja Social, o Projecto MICAS, o Projecto Sol, acompanhando os idosos mais isolados, os Manuais Escolares gratuitos para o 1º Ciclo do Ensino Básico e ainda, a implementação do Cheque – Farmácia, como bons exemplos da acção municipal na área social.
A aposta na educação e na valorização das potencialidades turísticas do concelho são outros sectores que o Executivo Socialista vai continuar neste mandato, prometendo manter o empenhamento na melhoria das redes de abastecimento de agua e de saneamento, agora que as novas ETAR’s estão em funcionamento e alguns projectos concretizados, melhorando a rede viária interna e mantendo uma postura reivindicativa ao nível das acessibilidades, exigindo a conclusão das ligações aos grandes eixos rodoviários do litoral, nomeadamente da Variante à EN 222 para a A32 em Canedo, já prometida pelo Governo, e do IC 35 para a A4 em Penafiel.
Após a tomada de posse dos membros do Executivo e da Assembleia Municipal e da intervenção do novo edil paivense, realizou-se a primeira sessão da Assembleia Municipal, onde foi eleita a Mesa deste órgão deliberativo, tendo a lista socialista liderada por Gouveia Coelho recolhido ampla maioria, ficando completa com a eleição de Carla Freitas para 1º Secretário e António Pinto como 2º Secretário.
Recorde-se que, ao nível das Juntas de Freguesia, Joaquim Martins ( PS ) é o presidente da União das Freguesias de Raiva, Pedorido e Paraíso, José António Vilela (PSD) lidera os destinos da União das Freguesias de Sobrado e Bairros, Filipe Moura (PSD ) continua na liderança da freguesia de Fornos, Victor Quintas ( PS ) mantém-se como presidente da Junta de Freguesia de Real, sendo que Francisco Silva (PSD) vai agora presidir aos destinos da freguesia de S. Martinho e Ricardo Cardoso (PS) é o novo autarca de Santa Maria de Sardoura.
Carlos Oliveira
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