Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa
10 e 11 de junho, Felgueiras
Depois de Celorico de Basto, o Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa retoma a sua expedição cultural até ao concelho de Felgueiras, que o acolhe no próximo fim de semana, dias 10 e 11 de junho. A Casa de Simães, em Moure, é o cenário barroco desta jornada cultural e os seus jardins são os palcos naturais dos concertos para pequenos e graúdos, dos espetáculos de teatro e de marionetas para toda a família e das criações musicais colaborativas da comunidade, tudo com entrada gratuita.
O programa abre no sábado, dia 10, às 15h30, com a peça de teatro Guarda mundos, pela companhia Teatro da Didascália, um espetáculo construído sobre o guarda-fatos, um objeto muito particular que é, na infância, símbolo de refúgio e de portal para uma outra dimensão, capaz de atrair a curiosidade das crianças e de as catapultar para o universo da imaginação.
Do teatro para a música. A partir das 16h00, ora na escadaria da casa, ora no pátio com as suas cinco frontes, escutaremos Dawn Bird, com melodias que permanecem errantes no ouvido, José Valente, com a irreverência, o virtuosismo e a contemporaneidade da sua viola d’arco, e Valter Lobo, cantautor com o português em punho e com uma componente lírica marcada por um grande sentimentalismo e uma melancolia quase permanente.
À noite continuamos com a música. Pelas 21h45, os First Breah After Coma assumem o “palco principal” do pátio da casa, apresentando o seu mais recente álbum, Drifter, que já lhes mereceu a nomeação, pela Associação Europeia de Editoras Independentes, para melhor disco europeu lançado em 2016, numa lista de 25, ao lado de nomes como Agnes Obel, Radiohead ou Royal Blood.
No domingo, dia 11, o Festival retoma, às 15h30, com a atuação dos Audivi Vocem, um coro felgueirense, seguindo-se, às 16h30, um espetáculo de marionetas inspirado numa lenda do concelho de Felgueiras – Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Bom Jardim dos Coelhos –, concebido pela Limite Zero.
O programa continua, às 17h30, com um concerto de comunidade, Segundo Andamento. Resultado de uma criação artística colaborativa entre três coletividades artística do Tâmega e Sousa, em palco estarão o grupo Cantar é Viver, de Penafiel, o Clube de Música, de Celorico de Basto, o Conservatório de Música de Felgueiras, sob direção artística de Ricardo Baptista e António Serginho e criação e composição de Jorge Queijo e Maria Mónica.
Segundo Andamento insere-se no projeto artístico Sonatas e Tocatas, que nasce do trabalho conjunto de alguns grupos musicais dos 11 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Deste trabalho resulta a apresentação de um conjunto de performances inspiradas nos diferentes lugares onde acontecem, cruzando repertórios e abordando-os de forma arrojada e contemporânea. Este é, ainda, um projeto de construção social e cultural, que procura criar pontes dentro deste território e provocar novas perspetivas acerca do património com que interage. Novas criações, concebidas em conjunto, que partem da música e de repertórios locais, mas que convidam o público a um novo olhar e a uma nova audição sobre a sua própria herança cultural.
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é um convite a uma viagem entre a memória, o tempo histórico e a contemporaneidade, guiada por propostas artísticas de reconhecido valor, que propiciarão experiências únicas e irrepetíveis inspiradas nestes lugares, numa relação de simbiose com o espaço, o tempo e o público. É um convite à deambulação pelos jardins, matas e vinhas ao som artistas de referência nacional e internacional. É um convite para descobrir lendas, crenças e imaginários e, em família, construir novas memórias. É um convite para conhecer as comunidades e coletividades culturais do Tâmega e Sousa, amplamente envolvidas e comprometidas na construção do programa artístico do Festival, e beber dos seus saberes e tradições.
Até 23 julho de 2017, durante os fins de semana, percorrendo casas, solares e quintas de estilo barroco dos municípios do Tâmega e Sousa, o Festival propõe 20 dias de programação cultural, 60 concertos, 20 espetáculos para famílias e 14 novas criações artísticas, envolvendo artistas de referência nacional e internacional da música contemporânea e coletividades culturais do Tâmega e Sousa.
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, em articulação com os municípios que a integram, e em parceria com a Direção Regional de Cultura do Norte e com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Esta iniciativa é um projeto cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Programa do Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa
A Casa de Vila Verde, em Lousada, abre as suas portas ao Festival no fim de semana de 17 e 18 de junho. O programa inclui, no dia 17, a peça de teatro para famílias Ez sapadores, pela companhia Projecto Ez (15h15), um ciclo de concertos com Vai e Vem, Luís Severo e Primeira Dama (16h00) e um concerto dos Best Youth (21h45) e, no dia 18, uma atuação do Grupo de Bombos “Os Amigos de Caíde de Rei” (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Zé do Telhado, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Terceiro Andamento (17h30).
No fim de semana de 1 e 2 de julho montamos o palco na Casa da Quinta da Calçada, em Cinfães. O programa inclui, no dia 1, a peça de teatro para famílias Muita tralha pouca tralha, por Catarina Requeijo (15h30), um ciclo de concertos com Calcutá, Marco Luz e Old Jerusalem (16h00) e um concerto dos Dead Combo (21h45) e, no dia 2, uma atuação das Concertinas do Vale do Bestança (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do cantador, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Terceiro Andamento (17h30).
A Casa da Soenga, em Resende, recebe o Festival no fim de semana de 8 e 9 de julho. O programa inclui, no dia 8, a peça de teatro para famílias Mariela, pela companhia Nuvem Voadora (15h360), um ciclo de concertos com Ana, Homem em Catarse e Gobi Bear (16h00) e um concerto dos Birds Are Indie (21h45) e, no dia 9, uma atuação do Grupo de Bombos “BomMouros” (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do sardão de Cárquere, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Terceiro Andamento (17h30).
No penúltimo fim de semana, a 15 e 16 de julho, o Festival visita o Solar dos Brandões (Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins), em Paços de Ferreira. O programa inclui, no dia 15, a peça de teatro para famílias Mito móvel, por Vera Alvelos (15h00), um ciclo de concertos com Villa Nazca, The Partisan Seed e Coelho Radioactivo (16h00) e um concerto de Noiserv (21h45) e, no dia 16, uma atuação das Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda dos três sapinhos, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).
O Festival encerra o seu périplo no Solar da Fisga, em Castelo de Paiva, no fim de semana de 22 e 23 de julho. O programa inclui, no dia 22, a peça de teatro para famílias A Odisseia, por Jorge Loureiro e Leonor Barata (15h00), um ciclo de concertos com Lourenço Crespo, Grutera e Minta & The Brook Trout (16h00) e um concerto de Samuel Úria (21h45) e, no dia 23, uma atuação dos Amigos da Sexta (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Marmoiral de Sobrado, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).
Claúdia Costa
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