Em causa está a expansão do turismo fluvial
AUTARCA DE CASTELO DE PAIVA QUER REFLEXÃO SOBRE APROVEITAMENTO TURÍSTICO DO DOURO
O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva
anunciou hoje, ser urgente, que os municípios ribeirinhos ao Rio Douro, possam
sentar-se à mesa e discutir a actividade do turismo fluvial e o seu impacto na
economia local, uma vez que, no contexto actual, torna-se uma prioridade
salvaguardar os interesses dos municípios, de forma a garantir maior retorno
para os concelhos localizados nas suas margens e abrangidos pela via navegável.
Considerando que o rio não pode ser apenas “ um corredor
fluvial “, Gonçalo Rocha manifestou o interesse para que as dezenas de
embarcações que sulcam o Douro, com turistas apanhados no aeroporto e alojados
em barco-hotel, passando pela região durante vários dias, devem dar um maior
contributo para a economia local, tendo em conta que, até os operadores
turísticos que absorvem esse enorme fluxo de turistas, pagam os seus impostos
fora da região, não se registando grande beneficio directo para a maioria dos
municípios ribeirinhos.
Sendo o Rio Douro, a motivação para muitos que nos visitam,
o autarca refere que é tempo de fazer uma reflexão profunda sobre o assunto,
envolver os municípios nesta discussão, no sentido de conjugar esforços para
que a actividade turística fluvial, não seja apenas “ um bonito postal
ilustrado “ e se assuma também como um reforço substancial à economia da região
duriense, potenciando uma dinâmica turística mais interessante, conjugada nas
potencialidades existentes, e na promoção dos produtos endógenos, no património
natural e na oferta festiva e cultural.
O edil paivense refere que é importante reunir esforços e
espera que, ao nível da CIM do Tâmega e Sousa, possa ser analisada esta questão
do turismo fluvial no Douro, na perspectiva de que o território se possa
consolidar como destino turístico diferenciado e os municípios ribeirinhos
possa vir a tirar maior proveito desta vertente turística. Castelo de Paiva
pretende assim, suscitar uma reflexão alargada e alterações ao modelo vigente
que promovam um maior benefício para os Municípios ribeirinhos do Douro.
Neste
contexto, Gonçalo Rocha, no âmbito da importância que tem o investimento
público nas zonas ribeirinhas, destaca as candidaturas já apresentadas, e outras
que serão apresentadas aos Fundos Comunitários, pela APDL – Administração do
Porto do Douro e Leixões e o Município de Castelo de Paiva, para requalificação
das zonas ribeirinhas, nomeadamente, a Zona Ribeirinha de Boure – em Sardoura (
200 mil euros ), a Zona Ribeirinha de Midões, na Raiva ( 200 mil euros ), para
além da requalificação do Choupal, em Pedorido ( 400 mil euros ), o Percurso
Pedestre em toda a frente ribeirinha do Douro e a requalificação do Cais do
Castelo, em Fornos ( 1,5 milhões de euros ).
Carlos Oliveira
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