Presidente Gonçalo Rocha congratula-se com decisão
governamental
AUTARQUIAS PASSAM A DECIDIR FUSÃO DOS SISTEMAS DE ÁGUAS
O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva,
Gonçalo Rocha, já reagiu com natural satisfação e congratulou-se com a decisão
ontem anunciada pelo Ministro do Ambiente, relativamente à reversão da fusão
dos sistemas de captação de água em alta, decidida pelo anterior Governo, que
fundiu dezanove empresas em cinco, considerando o autarca paivense, “ um acto
de coragem e que assim se restabelece a justiça com Castelo de Paiva e outros
municípios que seriam fortemente penalizados com a reforma assumida e
implementada pelo anterior Governo “.
O Ministro do Ambiente exemplificou que, com a reversão,
«voltará a existir, no que diz respeito ao Porto, a Águas de Douro e Paiva»,
mas «outros sistemas podem manter-se como estão, se for essa a vontade das
autarquias».
Recorde-se que, a agregação de sistemas de abastecimento de
água em alta, juntou os 19 Sistemas Multimunicipais em apenas cinco empresas
(Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e as
já existentes Águas do Alentejo e Águas do Algarve), no âmbito da
reestruturação do sector da água decidida pelo anterior Governo, e para que, «
esta fusão se fizesse, as autarquias foram desapossadas da sua parte na empresa
sem terem sido indemnizadas», o que «não faz sentido nenhum», referiu ainda
João Matos Fernandes, que explicou que um novo modelo «ainda em aberto» vai ser
«debatido com as autarquias», para conferir «ganhos de escala» a municípios com
baixa densidade populacional.
« Quando a fusão foi feita, houve sistemas do interior que
viram baixar a sua tarifa para os municípios. Para estas autarquias do
interior, que estão mais atrás na resolução dos problemas, é muito importante
esta baixa da tarifa, para que se possa investir», disse, acrescentando que «é
aqui que o grande salto de escala tem de ser dado», prosseguindo o Ministro
referindo que, o novo modelo «passa por haver ganhos de escala ao nível das autarquias,
de um entendimento para que possam agregar sistemas e para que possa haver uma
verticalização, ou seja, uma integração dos sistemas de alta e de baixa»,
criando-se «uma parceria entre a Águas de Portugal e os municípios para que a
alta e a baixa possam ser geridas em conjunto».
João Matos Fernandes afirmou ainda, que o combate às perdas
de água não passa pela renovação das infra-estruturas existentes mas por uma
melhor gestão, sendo que há investimentos que têm de ser feitos, mas sobretudo
tem de haver outro patamar de gestão, que se consegue com uma facturação
rigorosa, uma grande capacidade de resposta a problemas e com uma manutenção
preventiva, assinalando ainda existirem 100 milhões de euros de fundos
comunitários para os municípios fazerem projectos relacionados com novas redes
de água e saneamento.
Carlos Oliveira
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