Com a presença da Secretária de Estado para a Cidadania e
Igualdade
CÂMARA MUNICIPAL APRESENTOU HOJE MEDIDA DE INCENTIVO À NATALIDADE
· Gonçalo Rocha evidenciou a importância de combater o
desequilíbrio demográfico
A Câmara Municipal de Castelo de Paiva apresentou hoje, no
espaço do salão nobre do Paços do Concelho, um novo apoio social orientado para
o Incentivo à Natalidade, numa cerimónia que contou com a presença da
Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, um acto
solene que marca o arranque desta importante medida social, que beneficiará as
crianças até aos dois anos de idade, nascidas no seio de famílias mais
desfavorecidas, proporcionando o acesso a bens essenciais como o leite, fraldas
e outros produtos considerados básicos para um crescimento saudável, num total
de 750 euros por cada bebé contemplado.
Perante uma plateia composta por autarcas e deputados
municipais, técnicos das IPSS do concelho, do director do Centro Regional da
Segurança Social de Aveiro, da directora do Centro de Emprego de Penafiel,
entre outras entidades, a técnica do gabinete local da Rede Social, Andreia
Gomes, fez a apresentação genérica do projecto, realçando a sua importância
para desejada fixação de jovens no concelho, enquadrado no objectivo de
melhorar a qualidade de conforto e bem - estar à nascença, na sua alimentação e
higiene, através da garantia da disponibilização aos progenitores de um
conjunto básico, mas essencial, de bens destinados aos recém -nascidos até aos
2 anos de idade, ao mesmo tempo, aproveitando para dar conta do enquadramento
demográfico do concelho, referindo – se à problemática do envelhecimento da
população e à diminuição da taxa da natalidade.
Agradecendo a honra da visita da governante, o presidente da
Câmara Municipal evidenciou o interesse desta medida social, como forma de
combater o desequilíbrio demográfico, no seio de uma população cada vez mais
envelhecida, e ao mesmo tempo ajudar as famílias, tentar travar a emigração e
potenciar alguma melhoria para a economia local, destacando que, na
implementação desta medida foi alargado o âmbito da acção, sendo que, não será
apenas famílias carenciadas que serão beneficiadas, mas também a classe média,
que tão desprotegida tem sido nos últimos anos.
Para Gonçalo Rocha, “ com as restrições financeiras e com a
politica de rigor que tem sido assumida, não será fácil avançar com esta
medida, mas ela enquadra-se nas politicas de proximidade que temos desenvolvido
e exige de nós responsabilidade e empenhamento “, sublinhando o edil paivense
que, “ infelizmente quem nos governou afastou-se desta gente, que foi bastante
esquecida e agora temos que combater esse empobrecimento das pessoas, com
aplicação de medidas importantes, recordando o Cheque – Farmácia e o Transporte
Solidária, uma medida pioneira que já beneficiou mais de 8200 paivenses, em
transportes para consultas e tratamentos “.
Contextualizando, o autarca de Castelo de Paiva deu exemplos
desse abandono e não deixou cair no esquecimento a Reforma do Mapa Judiciário,
que em vez de beneficiar as pessoas, só veio complicar mais a vida a quem tem
necessidade de recorrer à justiça, obrigando a grandes deslocações e a gastar
mais, para além do eterno problema da falta de boas acessibilidades, que
continua a ser um impedimento para cativar mais investimento, criar emprego e
riqueza e melhorar a região, ajudando a alavancar a economia local,
referindo-se em particular à conclusão da Variante à EN 222, até ao Nó de
Canedo da A32 e à desejada construção do IC 35 ligando à A4 em Penafiel,
Por sua vez, a
Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, orientou a sua intervenção
em três dimensões, local, nacional e europeia, considerando louvável a atitude
da autarquia de Castelo de Paiva na implementação desta resposta social de
apoio às famílias, referindo-se à dinâmica evidenciada pela Câmara Municipal
nesta área e abordando o interesse do trabalho da Rede Social junto da
comunidade local.
Catarina Marcelino disse depois que a Administração Central
terá que ter uma estratégia para a dinamização económica e desenvolvimento do
interior do país, que tem sido muito desprezado, considerando também que as
acessibilidades como reclama Castelo de Paiva, são fundamentais para assegurar
o desejado crescimento, ao mesmo tempo que assumiu que, é de todo o interesse
reequacionar a questão da emigração, ajudando a que mais pessoas possam
regressar a Portugal, defendendo até que a entrada de refugiados pode ajudar a
resolver o problema da baixa taxa de natalidade que o país apresenta, mostrando
acreditar que, para o país, é positivo termos pessoas que possam ajudar a
renovar a população, e que possam trazer outras experiências de vida e outras
culturas.
Recorde-se que, no Orçamento Municipal para o corrente ano,
para além da proposta de baixar o IMI, que representa um grande apoio e alivio
para tantos agregados familiares, destaca-se o reforço das medidas de apoio à
população e na área da educação, desde a infância à terceira idade, sendo que,
o apoio às famílias está bem evidenciado no Plano de Actividades aprovado pela
autarquia paivense.
A acção social continua a ser uma das prioridades do
Executivo Municipal liderado por Gonçalo Rocha, sendo a grande aposta a
implementação de projectos que revelem, no terreno, respostas sociais que vão
ao encontro das necessidades da
população do concelho.
Numa lógica de territorialidade, participação, proximidade e
conhecimento dos recursos endógenos, têm sido desenvolvidas politicas sociais
locais que contribuem para atenuar fenómenos de pobreza e exclusão social e,
paulatinamente, potenciam uma melhoria da qualidade de vida dos munícipes,
sendo que, estes objectivos são alcançados, através da execução de projectos de
intervenção e de desenvolvimento social específicos para o território, assentes
na complementaridade, subsidiariedade e na parceria, contribuindo
inequivocamente para respostas sociais mais eficazes e assertivas e, consequentemente,
para um conceito mais solidário e promotor da inclusão social.
Carlos Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário