segunda-feira, 20 de julho de 2015

Gonçalo Rocha indignado com a proposta governativa
CM DE CASTELO DE PAIVA PROMOVE CONFERÊNCIA DE IMPRENSA NA SEXTA FEIRA

O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, evidenciou hoje a sua indignação a respeito da adjudicação, ontem concretizada em Penafiel, que marca o arranque do primeiro troço do IC 35, lamentando que uma obra, assumida pelo Governo há 14 anos, aquando da tragédia da Ponte de Entre os Rios, seja apresentada e concretizada aos soluços, não se vislumbrando sequer, pelas palavras do Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, e do presidente do CA das Infra-estruturas de Portugal S.A, António Ramalho, que o troço principal, entre Rans e Entre-os Rios, na distancia de 11 km, seja feito nos próximos tempos, referindo que as “ medidas de acalmia “ previstas para parte da EN 106 e previstas no estudo da “ Estratégia de Actuação na Rede Rodoviária Nacional – Corredor do IC 35 “, com execução agendada apenas para depois de 2019, são uma forma ardilosa de adiar a empreitada por tempo indeterminado, realçando o facto, de nenhum compromisso ter sido assumido, para que a totalidade deste troço do IC 35 seja finalmente realizado.



Perante esta situação, o autarca paivense entendeu convocar uma Conferência de Imprensa para a próxima Sexta Feira, dia 17, às 11 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, para expressar a sua revolta face a este assunto e, tendo em conta as declarações proferidas em Penafiel, que contrariam tudo aquilo que, ainda recentemente foi assumido, no âmbito da Assembleia da República, através da Resolução Nº 34/2015, aprovada em 27 de Março deste ano.   
O edil de Castelo de Paiva mostra-se indignado com a decisão tomada e a prioridade assumida pela tutela, uma vez que a zona mais critica do corredor do IC 35, a sul do concelho de Penafiel, a partir de Entre os Rios foi literalmente esquecida, ignorando-se que esta acessibilidade é crucial para a população de Castelo de Paiva e concelhos vizinhos e fundamental para a dinamização económica que se deseja para esta região do Tâmega e Sousa, evidenciando que esta apresentação, agora realizada, apenas serviu para escamotear aquilo que foi prometido às populações após a tragédia de Entre os Rios.
Recorde-se que o IC 35, contemplado no recente Plano de Investimentos de Valor Acrescentado, sobretudo no troço entre a cidade de Penafiel e Entre-os-Rios, é uma infra-estrutura reclamada há décadas pelos municípios de Penafiel, Castelo de Paiva, Marco de Canaveses e Cinfães, sendo que esta acessibilidade prevê substituir a actual EN106, considerada uma das estradas mais congestionadas do distrito do Porto, com um tráfego superior a 14 mil veículos /dia, para além dos elevados níveis de sinistralidade que apresenta.
Por outro lado, Gonçalo Rocha exige que o Governo avance para a conclusão da Variante à EN 222, num troço de escassos 9 km, que assegurará a ligação desde a Zona Industrial de Lavagueiras, em Pedorido, à A32 e Santa Maria da Feira, lamentando que não haja ainda projecto realizado para terminar aquela acessibilidade, que tem um troço concluído há vários anos e esbarra no limite de fronteira, na zona do Couto Mineiro do Pejão.
Recordando que o Governo não cumpriu, até hoje, com os compromissos assumidos com Castelo de Paiva e aprovados em protocolo, relativamente às Obras Complementares na Variante à EN 222, no troço entre Cruz da Carreira e Zona Industrial de Lavagueiras, já com projectos concluídos ( construção de 3 pontões, alargamento do viaduto em Oliveira do Arda e melhoria ao nível de segurança na Rotunda da Estação / Raiva ), o responsável municipal lamenta que haja dinheiro para grandezas, menos para efectuar estes pequenos melhoramentos, essenciais para o desenvolvimento do concelho e melhoria da qualidade de vida da população.
O presidente da CM de Castelo de Paiva, lembra a propósito, que a Assembleia da República reconheceu a extraordinária importância que tem para o Município de Castelo de Paiva a ligação à rede nacional de auto-estradas, dos importantíssimos pólos industriais existentes no concelho, um situado na zona poente – a Zona Industrial de Lavagueiras – e o outro na zona nascente – a Zona Industrial de Felgueiras, que ficam nas extremidades do troço já existente da Variante à EN 222 e que, albergam uma significativa parte da centena de empresas da indústria transformadora que existe no concelho, com cerca de 1300 postos de trabalho, com uma forte componente exportadora (cerca de 30 milhões de euros ano) e com um elevado potencial de crescimento, assim lhes sejam dadas melhores condições como as que seriam proporcionadas pela conclusão da Variante à EN 222.
O autarca paivense destaca ainda que, “ é também reconhecida a importância desta obra para a redução significativa do tempo de acesso aos portos de Aveiro e Leixões ou ao Aeroporto Sá Carneiro e para impulsionar o arranque e desenvolvimento da já projectada Área de Acolhimento Empresarial da Cruz da Carreira (AAE) e ainda, para o estabelecimento ou expansão dos negócios e industrias, de que já se conhecem potenciais interessados, com um natural aumento da produtividade do concelho e, por consequência do País “.
                                                                                                                                                                                                                                                        
Carlos Oliveira

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