Nas empresas localizadas na ZI das Lavagueiras

Continua o périplo de Gonçalo Rocha visitando fábricas por todo o concelho

·      Edil mostra-se satisfeito pela forma com se encaram as dificuldades

Prosseguindo o âmbito de anteriores visitas a empresas do concelho, o Executivo Municipal de Castelo de Paiva, liderado por Gonçalo Rocha, continuou na passada semana o périplo das visitas a várias unidades fabris, localizadas em várias zonas do concelho, aproveitando a oportunidade para reunir com as respectivas gerências e a contactar os trabalhadores, deixando sempre, neste período de dificuldades acrescidas, uma palavra de estimulo e incentivo nestes tempos mais difíceis que fragilizam a economia portuguesa.

Nesta nova abordagem a unidades fabris do concelho, o presidente Gonçalo Rocha privilegiou todas as pequenas e médias empresas, unidades fabris com estruturas modelo e com bom índice de crescimento, que estão localizadas na Zona Industrial de Lavagueiras, na Póvoa, na freguesia de Pedorido, tomando conhecimento também de algumas dificuldades que afectam algumas indústrias, neste tempo de retracção da economia e acentuada crise que vai asfixiando o quotidiano de quem tenta enfrentar a vida com coragem e determinação.

Acompanhado pelo Vice-Presidente António Rodrigues e pelo Vereador José Manuel Carvalho, bem como o autarca local, Artur Sousa,  o edil paivense começou por visitar a Cindicalfe, uma empresa de sucesso, orientada para o fabrico de calçado, ocupando 78 trabalhadores, que continua a evidenciar um bom nível de crescimento ( 15% em relação ao ano transacto ) e que, segundo o sócio-gerente  José Domingos, mantém um bom nível das exportações, com uma produção diária superior a 1500 pares de calçado de excelente qualidade, colocados no mercado internacional sob a marca Flex&Go.

                Ainda recentemente, esta empresa procedeu à ampliação e melhoramentos nas suas instalações, constatando –se a necessidade de assegurar a contratação de mais trabalhadores, tendo em conta o fluxo de encomendas já asseguradas para o mercado externo, onde continua a ter uma presença referencial.

                Ainda afecto à esta empresa, os responsáveis municipais estiveram na Goldenriver Shoes, uma pequena empresa com 38 trabalhadores, que ocupa um pavilhão recuperado na ZI de Lavagueiras, e que orienta a sua actividade para a costura de gáspeas para a empresa Cindicalfe.

                Na Recicla – Reciclagem de Metais, o empresário Joaquim Gomes deu a conhecer a actividade de uma pequena industria de transformação de metais, que garante emprego a 3 trabalhadores, e que em Janeiro vai apostar numa nova linha de produção e apostar mais na exportação para a Alemanha, sendo que, no momento, o negócio está a ser dinamizado a partir de Marrocos, onde a empresa investiu em duas unidades industriais, embora mantenha a expectativa de aumentar as instalações em Pedorido e ampliar mais a empresa.

                Nesta área de acolhimento industrial, Gonçalo Rocha e vereadores passaram pelo armazém da empresa Santos Silva & Filhos Ldª, que desde 1976, com sede em Oliveira do Arda, na freguesia da Raiva, se dedica ao armazenamento e comercialização de bebidas e produtos alimentares, sendo que o gerente Manuel dos Santos queixou-se da quebra do volume de negócio, orientando a sua preocupação para a destruição do comércio tradicional com a proliferação das grandes e medias superfícies.

Na Soldaço, foi possível conhecer uma moderna serralharia mecânica, com 5 empregados, que trabalha na área da tubagem industrial, destinando a sua produção para o mercado interno e, indirectamente, para a exportação ( Canadá ), com o gerente António Vieira a mostrar-se satisfeito com a evolução da empresa

 Nas antigas instalações da Ilpe Ibérica, funciona agora a JP Super Soles – componentes de calçado, uma empresa com 48 trabalhadores, que se dedica á produção de solas para a industria do calçado, com o gerente José Maria a explicar as parcerias assumidas com outras empresas do ramo e, em jeito de desabafo, a reclamar da necessidade de se completar a Variante à EN 222 nos 8 km que faltam até Canedo ( A32 ), um sentimento que toca todos os empresários estabelecidos neste parque industrial, que evidenciam  a importância da melhoria desta acessibilidade, permitindo o escoamento da sua produção com maior rapidez e menores custos.

 Ultrapassado um período mais difícil, a IETA – industria metalomecânica, volta a apresentar um crescimento notável, assegurando emprego a 180 trabalhadores em dois turnos de laboração, na produção de componentes para o sector automóvel ( carters, escapes, bancos,  e estruturas de chassis para autocarros, etc…), destinando 80% da sua produção para o mercado externo.

 Na visita do Executivo Municipal, Rui Costa e Abílio Soares evidenciaram a sua satisfação pelo crescimento verificado na empresa, em relação ao ano transacto, nomeadamente a excelente efectivação de encomendas provenientes do ramo automóvel, perspectivando assim, uma boa facturação nos próximos meses.

 A laborar no mesmo espaço, a Perfil Inovador e a J. Domingues dos Santos são duas empresas dedicadas à metalomecânica e estruturas de ar condicionado, que com mais de dezena e meia de trabalhadores, resistem à crise e querem expandir os seus negócios, sendo que a primeira, conforme referiu Isabel Dias,  aposta forte na exportação para França, existindo mesmo a vontade de criar por lá um pólo que funcionaria como um entreposto comercial

Albina Castro gere um empresa ligada ao ramo da drogaria e o negócio já viu melhores dias, conforme teve oportunidade de explicar ao presidente Gonçalo Rocha, destacando que está a sofrer fortes prejuízos, com a estagnação actual do sector da construção civil, potenciando uma enorme descida no volume das vendas.

 Já a Metal Paiva, empresa de serralharia mecânica, com seis trabalhadores, segundo o gerente Albano Duarte, mantém a aposta no mercado interno, mas tem agora em mãos uma encomenda para França, que pode abrir boas perspectivas para a concretização de outros trabalhos, enquanto a Recilavagueiras, que desde 2000 está localizada nesta zona industrial, na actividade de reciclagem de plásticos, tem 2 trabalhadores, e enfrenta algumas dificuldades com a crise que se evidencia cada vez mais, conforme relatou o sócio – gerente Constantino Moreira .

No final das visitas, em jeito de balanço, o presidente Gonçalo Rocha mostrou-se satisfeito por constatar o bom funcionamento destas empresas, que sustentam muitos postos de trabalho, importantes num concelho que continua a sofrer com o aumento do desemprego, evidenciando a gestão dinâmica e eficiente que apresentam, apesar de todas as dificuldades que se conhecem, face à actual conjectura económica do país, prometendo no entanto, acompanhar a realidade empresarial do concelho, e trabalhando cada vez mais, no sentido de ajudar a estimular o investimento, dinamizar a economia local e tentar atrair mais emprego para o concelho.

GIRP/Carlos Oliveira