terça-feira, 3 de julho de 2012


Certame atraiu milhares de visitantes a Castelo de Paiva
15ª Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Artesanato confirmou excelência de um evento com estatuto nacional
Dinâmica da iniciativa municipal elogiada por todos


Durante três dias de intensa animação e convivialidade, milhares de visitantes passaram por Castelo de Paiva, na 15ª Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Artesanato, uma aposta forte da CM de Castelo de Paiva, num certame de nível nacional cada vez mais reconhecido, que continua a manter em alto nível o objectivo inicial, relacionado com a valorização da produção vitícola do concelho, promovendo o produto agrícola mais conhecido e premiado da região. O balanço é muito positivo e a autarquia paivense já pensa na próxima edição…


A iniciativa que, para além de dar a conhecer os afamados vinhos de qualidade produzidos em Castelo de Paiva, contou com outras actividades paralelas, como a apresentação da excelente gastronomia paivense e uma demonstração do artesanato local, tudo estruturado em três dias de intensa animação, onde não faltaram os espectáculos musicais, o folclore local, a animação de rua e a musica tradicional portuguesa, para além de outras atracções que voltaram a enriquecer o certame promovido pela edilidade paivense.
Na cerimónia de abertura, realizada nos Paços do Concelho, e presidida pelo edil paivense Gonçalo Rocha, estiveram como convidados especiais o Eng.º Carlos Duarte, Gestor do Programa ON2, da CCDR Norte, e Dr. Manuel Cardoso, Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, entre outras entidades ligadas à administração central, local, ao mundo empresarial e ao associativismo paivense.
O presidente da CM, Gonçalo Rocha, evidenciou a sua satisfação pela projecção que o evento já conseguiu atingir em quinze anos de realização, ao afirmar-se cada vez mais na região dos vinhos verdes, realçando que o certame, “ para além de ser um reconhecimento público aos agricultores paivenses que se dedicam de “ corpo e alma “ ao sector da vinha, representa uma excelente oportunidade de promoção e de negócio, um momento único para apreciar vinhos de superior qualidade, cada vez mais premiados, bem como divulgar a nossa cozinha regional, a beleza do nosso artesanato, a dinâmica das nossas Juntas de Freguesia e a pujança do nosso associativismo, ao mesmo tempo dar a conhecer as potencialidades turísticas de uma terra que tem o gosto e o hábito de bem receber “.
Quando se fala em vinho verde, pensa-se logo em Castelo de Paiva
Agradecendo a presença do representante da CCDR e do Director Regional de Agricultura e Pescas, o edil paivense  destacou a feira “ como um acontecimento do maior significado e auspicioso para esta terra de gente humilde e trabalhadora, um certame em boa hora conseguido, pela dinâmica que imprime à agricultura, à economia e à cultura local, sendo um marco na vida do município e motivo de sobra para que nos possamos sentir felizes por receber milhares de visitantes e cativá-los a regressar em breve “.
Para o autarca paivense, “ este é um certame que, pela dinâmica que imprime á agricultura, á economia e á cultura, é assumido como um marco na vida do município. É ocasião para aplicar as nossas energias e de evidenciar os nossos argumentos na promoção dos produtos e dos recursos de locais. E também para demonstrar a melhor hospitalidade das gentes de Paiva no acolhimento a milhares de pessoas que nos visitam e atraí-las para que voltem sempre “.
Neste contexto de justa homenagem aos agricultores paivenses, Gonçalo Rocha realça que, “ quando se pensa em vinho verde, pensamos em Castelo de Paiva, e, logo na sua gente generosa e hospitaleira, na sua dimensão cultural, nas suas belezas naturais “. Mas não basta, refere o autarca…
Beneficiando a região de uma localização propícia, arrastando consigo longos anos de história, “ não podemos deixar de aproveitar as oportunidades de valorizar os recursos patrimoniais, culturais e etnográficos, associá-los a este produto, e de promover esta área do turismo, envolvendo autarquias, produtores, adegas, restaurantes, agentes culturais e outras entidades ligadas directamente ou indirectamente aos sectores vitícola e turístico “, daí apostar na ideia de que, “ a par da valorização do que é nosso, e que genuinamente nos diferencia, importa construir uma nova centralidade, colocando a região no mapa cultural e turístico “, e para tal, “ a primeira condição passa, como sempre defendi, pelo entendimento e colaboração entre os agentes económicos, sociais e culturais, as autarquias e outras entidades envolvidas nessa causa, no sentido de materializar uma plataforma comum de actuação e de representação conjunta “ .
A propósito da dinâmica vitícola que o concelho apresenta, Gonçalo Rocha insistiu na necessidade de continuar a investir na qualidade, aumentar a competitividade, ganhar visão de mercado e realçar sempre o factor humano, como etapas necessárias na continuidade do objectivo definido pela reconversão da vinha anteriormente concretizado em Castelo de Paiva, incentivando os produtores a valorizar e modernizar a sua produção e a promover melhor o produto mais conhecido e premiado da região.
O vinho verde de Castelo de Paiva é exemplo de grande qualidade e reconhecimento, constituindo um notavel embaixador do concelho, resultado de uma actividade vitivinicola que importa desenvolver cada vez mais, conjugando esforços de organização e promoção, referiu a propósito o autarca paivense, que considerou o certame como uma forte contribuição para esse objectivo, que a todos deve interessar e envolver.
Depois de deixar uma saudação especial aos visitantes, que no âmbito da IV Concentração Nacional de Aurocaravanas rumaram ao concelho, bem como uma palavra de agradecimento a todos os expositores e à Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva, pela parceria estabelecida e envolvimento no certame, Gonçalo Rocha referiu-se à cultura da vinha e ao Enoturismo como fundamental para o desenvolvimento turístico do concelho, ao interesse da Rota do Românico e abordou projectos que estão previstos neste sector, não esquecendo a importância de valorizar os recursos patrimoniais, culturais, gastronómicos e etnográficos que o concelho apresenta e que, a par da sua beleza paisagística, são a mais valia para o incremento turístico que se deseja ver concretizado no concelho.
Recordando outras edições em que esteve presente, o Eng.º Carlos Duarte mostrou-se grato por voltar ao certame, que considerou ser uma excelente oportunidade para os produtores paivenses mostrar o que têm de melhor, procurando garantir o necessário escoamento e assegurar a sustentabilidade das suas explorações vitícolas, valorizando um produto que tem de ganhar escala para se poder afirmar e ajudar a dinamizar e a consolidar a economia local.
Ao mesmo tempo, que felicitava o Executivo Municipal de Gonçalo Rocha por manter esta aposta estratégica de promoção do sector vitícola, e referia que as dificuldades recentemente vividas na Adega Cooperativa local, devem ser ultrapassadas com uma boa gestão empresarial, o gestor do programa ON2 da CCDRN insistiu na tónica de que devemos produzir para garantir o consumo, forçando a necessidade de resolver o défice comercial, daí o interesse em incentivar a produção e a valorização de um produto de excelência, num contexto de bom desempenho económico e a consequente criação de riqueza e emprego.
O Director Regional de Agricultura e Pescas agradeceu o convite municipal e mostrou-se agradado com a dinâmica que o concelho apresenta no sector da vinha, congratulando-se também com o êxito que esta mostra local já alcançou, considerando até, que esta é uma grande festa dos viticultores paivenses, que tem aqui a possibilidade de dar a conhecer um produto genuíno e de grande qualidade que interessa preservar e divulgar, “ até porque o vinho verde é dos produtos agrícolas que mais tem contribuído para tentar recuperar a economia, apresentando uma visibilidade externa cada vez maior, conquistando uma ampla quota na estratégia da exportação “.
Apesar do Ministério da Agricultura estar num fase de reestruturação, o director regional salientou que esta região não pode ser esquecida e estes eventos merecem a melhor atenção, considerando ser necessário concentrar a oferta, melhorar a qualidade e conseguir escala para que o vinho verde possa ganhar mais espaço no mercado internacional.  
Esta foi pois, a oportunidade única de apreciar os vinhos dos produtores da Sub Região do Paiva, muitos deles premiados nos concursos da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes – CVRVV, degustar a saborosa cozinha regional paivense, e ao mesmo tempo ficar a conhecer a riqueza do trabalho dos artesãos do concelho, sem esquecer um programa lúdico, que este ano voltou a promover os bailes à moda antiga animados com musica tradicional portuguesa e sempre muito concorridos no Largo da Igreja.
A animação da feira contou com o folclore do concelho, traduzido nas actuações dos grupos folclóricos de S. Martinho, Bairros, Senhora das Amoras,  Castelo de Paiva e Grupo de Danças e Cantares do Paraíso, para além da participação da Tuna da Universidade Sénior de Castelo de Paiva, o Grupo de Bombos de Meixomil, da MiniaTuna do ISAG, da actuação do Grupo Musical Nova Som, dos Bailes à Moda Antiga com “Os Vale do Arda “, Cavaquinhos do CCB de Espinho e S. Félix da Marinha e a participação de “ Os Cinfanenses, assim como um espectáculo muito aplaudido de Sebastião e Quadrilha, que animou a madrugada de Sábado enquanto na tarde de Domingo a animação de rua contou, entre outras presenças, com a magistral actuação do Grupo de Concertinas Diatónicas e os habituais Cantares ao Desafio.
Milhares de visitantes na rota do melhor verde tinto
Neste certame, que já é uma referência nacional no sector vitícola, estiveram presentes 7 produtores de marca, e mais de uma dúzia de produtores individuais, assim como quatro restaurantes locais e diversos espaços dedicados ao sector do fumeiro e dos enchidos, bem como à doçaria regional paivense, às Juntas de Freguesia e ao artesanato existente no concelho, num total de mais de setenta expositores.
Ao nível do artesanato local estiveram patentes vários expositores, mostrando o que de melhor sabem fazer com os cobres artísticos, rendas, bordados, tapeçarias, cestaria, rochas ornamentais, construções em xisto, trabalhos em ferro, arranjos decorativos, entre outras actividades tipicamente artesanais.
A exemplo de José Manuel Carvalho, Vereador responsável pela iniciativa, também o presidente Gonçalo Rocha fez no momento do encerramento do certame, um balanço muito positivo desta 15ª edição, mostrando-se muito satisfeito pela adesão dos expositores e fez questão de realçar a vontade e o empenhamento de todos para o engrandecimento deste evento que, na sua opinião, vai continuar a ser verdadeira “ imagem de marca “ de Castelo de Paiva, capaz de arrastar multidões e promover o município além fronteiras.
A parceria assumida com a Associação Comercial e Industrial de Castelo de Paiva na comercialização do “ marchandinsing “ para promover a feira, o controle da qualidade do vinho apresentado pelos produtores, a aposta na animação local e a presença de diversos autarcas e entidades nos três dias do certame, foram argumentos que o vereador responsável pela feira apresentou para justificar o enorme sucesso do evento, ultrapassando todas as expectativas da organização.
No espaço do Largo do Conde, numa zona ampla e acolhedora, o convite da autarquia para três dias de grande festa orientou milhares de visitantes oriundos de todo o país e estrangeiro para o despertar de apetites e sabores, numa jornada de estratégia promocional, ajustada ao prestígio por todos reconhecido, dos excelentes vinhos da SUB REGIÃO DE PAIVA, neste caso, com o complemento das famosas iguarias paivenses, a justificar a continuidade de um certame cada vez mais referenciado a nível nacional.

GIRP/Carlos Oliveira

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