21 Dias com o Património Rota do Românico
A actividade, que se insere no Programa de Animação Cultural da Rota do Românico, pretende dar a conhecer este projecto turístico-cultural à comunidade local e, simultaneamente, envolvê-la e sensibilizá-la para o valor do seu património e para a necessidade de o proteger e difundir, de modo a que se possa converter na base de um desenvolvimento económico sustentável.
Depois de ter decorrido nas Igrejas do Salvador de Unhão e de São Vicente de Sousa, é a vez das populações das localidades de Ferreira, em Paços de Ferreira, de Vila Verde e de Pombeiro, ambas no concelho de Felgueiras, (re)descobrirem o seu património.
As sessões de esclarecimento vão realizar-se no próximo fim-de-semana, sendo no dia 16, pelas 21.00 horas, no Mosteiro de Ferreira (no Centro de Informação da Rota do Românico), no dia 17, na Igreja de Vila Verde e, no dia 18, no Mosteiro de Pombeiro, ambas às 16.00 horas. Cada sessão inclui visita guiada ao monumento.
A Igreja do Mosteiro de São Pedro de Ferreira é um dos mais singulares monumentos do românico português. Para além da excelência da sua arquitectura, nesta Igreja conjugam-se em harmonia alçados e motivos ornamentais oriundos de diversas regiões e oficinas: Zamora-Compostela, Coimbra-Porto e Braga-Unhão. Fronteira à fachada principal, conserva-se a ruína de uma ante-igreja ou galilé de função funerária, excelente testemunho deste tipo de construção.
A referência documental mais antiga respeitante à Igreja de São Mamede de Vila Verde data de 1220. Integrava então o padroado do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. É constituída por uma única nave e cabeceira rectangulares. Os vestígios da pintura mural mostram que a parede da cabeceira foi pintada à maneira de um retábulo, onde são identificadas as representações de S. Bento e, supostamente, de S. Bernardo.
Santa Maria de Pombeiro foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do norte do país. Fundado por D. Gomes Echiegues e sua mulher Gontroda em 1102, teve origem numa antiga comunidade monástica. Apesar das extensas obras de que foi alvo nos séculos XVII e XVIII, conserva ainda a planta, os absidíolos e o portal principal da sua fundação medieval. Os capitéis do portal principal são um notável exemplo de escultura românica.
Cláudia Costa
Comunicação
Rota do Românico do Vale do Sousa
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