Operários da Ilpe Ibérica, de Castelo de Paiva, entraram ontem em greve em protesto contra o atraso no pagamento dos salários de Abril
Os trabalhadores da Ilpe Ibérica, de Castelo de Paiva, pertencente à Investvar, maior grupo de calçado português, entraram ontem em greve – que se deverá manter até ao final do mês – em protesto contra o atraso no pagamento dos salários de Abril e contra o silêncio da administração sobre o futuro da empresa.
De manhã, pelas 8 horas, reuniram-se em frente à fábrica e à tarde manifestaram-se diante da sede da Investvar, em Esmoriz, Ovar.
Os 65 funcionários da Ilpe são os únicos do grupo que ainda não receberam os vencimentos do mês passado, disse Fernanda Moreira, coordenadora do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra.
De acordo com a sindicalista, a direcção alega que a Ilpe, actualmente em processo de insolvência, não tem liquidez para pagar vencimentos, o que os trabalhadores “não aceitam” visto que as restantes empresas do grupo têm os salários em dia.
Esta não é a primeira vez que a Ilpe, que comercializou a marca Aerosoles até ao final de Fevereiro e que agora produz a nova marca de calçado Move On além de trabalhar para outros clientes, tem um salário em atraso.
À manifestação diante da sede da Investvar juntaram-se os operários da Glovar, empresa do mesmo grupo igualmente localizada em Castelo de Paiva, que estão em regime de “lay-off” com a produção totalmente suspensa desde o início do ano e até ao final do próximo mês.
“Os trabalhadores da Glovar também não estão satisfeitos, já que o ‘lay-off’ termina no fim de Junho mas ninguém sabe o que vai acontecer”, declarou Fernanda Moreira.
No total, a concentração em Esmoriz reuniu perto de 200 trabalhadores que se insurgiram contra a “incerteza” em torno do futuro do grupo de calçado português. “Os trabalhadores estão cansados e querem saber o que lhes está reservado”, adiantou Fernanda Moreira.
A dirigente sindical queixou-se da “falta de sensibilidade” da administração do grupo por não atender às dificuldades económicas e sociais dos funcionários, que residem em concelhos com escassas ofertas de emprego.
Desde o início de 2010 que a Investvar está a pedir a insolvência das suas empresas. Até ao momento, a única a escapar a esse processo é a Glovar. As restantes quatro já se encontram insolventes a pedido da própria administração, ao passo que a Investvar Industrial já entrou num processo de liquidação.
Segundo Fernanda Moreira, na próxima quinta-feira deverá ocorrer uma nova manifestação em Esmoriz.
in http://www.diarioaveiro.pt
Norberto Mota
Os trabalhadores da Ilpe Ibérica, de Castelo de Paiva, pertencente à Investvar, maior grupo de calçado português, entraram ontem em greve – que se deverá manter até ao final do mês – em protesto contra o atraso no pagamento dos salários de Abril e contra o silêncio da administração sobre o futuro da empresa.
De manhã, pelas 8 horas, reuniram-se em frente à fábrica e à tarde manifestaram-se diante da sede da Investvar, em Esmoriz, Ovar.
Os 65 funcionários da Ilpe são os únicos do grupo que ainda não receberam os vencimentos do mês passado, disse Fernanda Moreira, coordenadora do Sindicato dos Operários da Indústria do Calçado, Malas e Afins dos Distritos de Aveiro e Coimbra.
De acordo com a sindicalista, a direcção alega que a Ilpe, actualmente em processo de insolvência, não tem liquidez para pagar vencimentos, o que os trabalhadores “não aceitam” visto que as restantes empresas do grupo têm os salários em dia.
Esta não é a primeira vez que a Ilpe, que comercializou a marca Aerosoles até ao final de Fevereiro e que agora produz a nova marca de calçado Move On além de trabalhar para outros clientes, tem um salário em atraso.
À manifestação diante da sede da Investvar juntaram-se os operários da Glovar, empresa do mesmo grupo igualmente localizada em Castelo de Paiva, que estão em regime de “lay-off” com a produção totalmente suspensa desde o início do ano e até ao final do próximo mês.
“Os trabalhadores da Glovar também não estão satisfeitos, já que o ‘lay-off’ termina no fim de Junho mas ninguém sabe o que vai acontecer”, declarou Fernanda Moreira.
No total, a concentração em Esmoriz reuniu perto de 200 trabalhadores que se insurgiram contra a “incerteza” em torno do futuro do grupo de calçado português. “Os trabalhadores estão cansados e querem saber o que lhes está reservado”, adiantou Fernanda Moreira.
A dirigente sindical queixou-se da “falta de sensibilidade” da administração do grupo por não atender às dificuldades económicas e sociais dos funcionários, que residem em concelhos com escassas ofertas de emprego.
Desde o início de 2010 que a Investvar está a pedir a insolvência das suas empresas. Até ao momento, a única a escapar a esse processo é a Glovar. As restantes quatro já se encontram insolventes a pedido da própria administração, ao passo que a Investvar Industrial já entrou num processo de liquidação.
Segundo Fernanda Moreira, na próxima quinta-feira deverá ocorrer uma nova manifestação em Esmoriz.
in http://www.diarioaveiro.pt
Norberto Mota
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