Porto, 09 Dez (Lusa) - O Sindicato do Calçado de Aveiro e Coimbra lamentou hoje que a solução avançada pelo Ministério da Economia para a Investvar implique despedimentos, ainda por quantificar, mas congratulou-se com a viabilização da empresa.
"Gostaria que a solução não envolvesse uma reestruturação, mas isso não é possível. Há trabalhadores que irão ter que sair da empresa, ainda não sabemos quem e quantos, quer da parte industrial, quer comercial", afirmou a dirigente sindical Fernanda Moreira em declarações à agência Lusa, no final de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento.
Segundo a sindicalista, o número de trabalhadores a dispensar será ainda definido pela nova administração da empresa, a nomear "o mais rapidamente possível", mas Fernando Medina terá afirmado que "iriam garantir o máximo possível de postos de trabalho e que maioria iria ser salvaguardada".
"Foi a solução possível", considerou Fernanda Moreira, recordando que, já com a anterior administração de Pedro Ribeiro da Cunha, "também estava em cima da mesa uma reestruturação, que diziam ser necessária para a empresa ser viável".
Entretanto, e de forma a "organizar o arranque da produção" da Investvar, cujas três fábricas (em Castelo de Paiva e Esmoriz) estão paradas, foi decidido o recurso ao 'lay off', em princípio a partir do dia 15.
De acordo com Fernanda Moreira, os trabalhadores "depois vão sendo chamados gradualmente, conforme a necessidade do arranque da produção".
O Ministério da Economia avançou hoje como solução para a viabilização da Investvar a entrada no capital do grupo do Fundo de Recuperação de Empresas, detido pelos principais bancos portugueses, que separará as componentes industrial e comercial da empresa e apostará na parte produtiva.
"Estão neste momento reunidas as condições fundamentais para termos uma empresa que seja sustentada e viável, actuando naquilo que sabe verdadeiramente fazer e fazia bem: uma empresa industrial na área do calçado", disse à agência Lusa o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, no final da reunião com dirigentes do sindicato.
Para Fernanda Moreira, a transferência da gestão da Investvar para privados "é positiva porque terá que haver uma maior responsabilidade e cuidado com o que estão a fazer, porque estão a trabalhar com o seu dinheiro".
Com cerca de 650 trabalhadores nas três fábricas que tem em Portugal (em Castelo de Paiva e Esmoriz), a Investvar possui uma dívida superior a 40 milhões de euros aos principais bancos nacionais e ao Estado.
O grupo, que registou prejuízos na ordem dos 17,7 milhões de euros em 2008, possui ainda mais 550 trabalhadores nas fábricas da Índia e na rede de cerca de 120 lojas que detém na Europa.
Depois de várias injecções de capital, somando mais de 40 milhões de euros, as sociedades de capital de risco públicas InovCapital, Change Partners e AICEP Capital controlavam já mais de 50 por cento do capital da Investvar.
"Gostaria que a solução não envolvesse uma reestruturação, mas isso não é possível. Há trabalhadores que irão ter que sair da empresa, ainda não sabemos quem e quantos, quer da parte industrial, quer comercial", afirmou a dirigente sindical Fernanda Moreira em declarações à agência Lusa, no final de uma reunião com o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento.
Segundo a sindicalista, o número de trabalhadores a dispensar será ainda definido pela nova administração da empresa, a nomear "o mais rapidamente possível", mas Fernando Medina terá afirmado que "iriam garantir o máximo possível de postos de trabalho e que maioria iria ser salvaguardada".
"Foi a solução possível", considerou Fernanda Moreira, recordando que, já com a anterior administração de Pedro Ribeiro da Cunha, "também estava em cima da mesa uma reestruturação, que diziam ser necessária para a empresa ser viável".
Entretanto, e de forma a "organizar o arranque da produção" da Investvar, cujas três fábricas (em Castelo de Paiva e Esmoriz) estão paradas, foi decidido o recurso ao 'lay off', em princípio a partir do dia 15.
De acordo com Fernanda Moreira, os trabalhadores "depois vão sendo chamados gradualmente, conforme a necessidade do arranque da produção".
O Ministério da Economia avançou hoje como solução para a viabilização da Investvar a entrada no capital do grupo do Fundo de Recuperação de Empresas, detido pelos principais bancos portugueses, que separará as componentes industrial e comercial da empresa e apostará na parte produtiva.
"Estão neste momento reunidas as condições fundamentais para termos uma empresa que seja sustentada e viável, actuando naquilo que sabe verdadeiramente fazer e fazia bem: uma empresa industrial na área do calçado", disse à agência Lusa o secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, no final da reunião com dirigentes do sindicato.
Para Fernanda Moreira, a transferência da gestão da Investvar para privados "é positiva porque terá que haver uma maior responsabilidade e cuidado com o que estão a fazer, porque estão a trabalhar com o seu dinheiro".
Com cerca de 650 trabalhadores nas três fábricas que tem em Portugal (em Castelo de Paiva e Esmoriz), a Investvar possui uma dívida superior a 40 milhões de euros aos principais bancos nacionais e ao Estado.
O grupo, que registou prejuízos na ordem dos 17,7 milhões de euros em 2008, possui ainda mais 550 trabalhadores nas fábricas da Índia e na rede de cerca de 120 lojas que detém na Europa.
Depois de várias injecções de capital, somando mais de 40 milhões de euros, as sociedades de capital de risco públicas InovCapital, Change Partners e AICEP Capital controlavam já mais de 50 por cento do capital da Investvar.
2 comentários:
O que preocupa é que ninguém garante os postos de tabalho e os trabalhadores vão ja no proximo dia 15 para Lay off e sso implica que é a redução no salário....
Gostava de saber que pensam os trabalhadores....
È a receita do FMI :despedimentos , redução de salários e mais impostos !
Vítor Constâncio diz que é urgente aplicar estas medidas !
Já na década de 80 o FMI, com a benção do Mário Soares, roubou-nos 50% do 13º mês.
Só com a mobilização da opinião pública,e dos trabalhadores esta situação mudará !
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