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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

SEGUNDO INFORMAÇÃO DA EDM
COMBUSTÃO LENTA DAS MINAS DO PEJÃONÃO REPRESENTA PERIGO NO  IMEDIATO
·Gonçalo Rocha quer uma solução rápida e eficaz para o problema


Foto Carlos Oliveira

Depois da recente visita dos técnicos ao concelho, nomeadamente à localidade de Pedorido, a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) comunicou esta semana que a combustão de resíduos das antigas Minas do Pejão, localizadas na zona de Castelo de Paiva, que está a acontecer desde o terrível incêndio de meados de Outubro, “ não representa no imediato um motivo de alarme para a população ”.

“ Apesar de considerar que esta situação não representa no imediato um motivo para alarme para a população, a EDM esclareceu em comunicado, que procedeu à colocação no local de uma Estação de Monitorização de Qualidade do Ar, de forma a assegurar a medição de monóxido de carbono, óxidos de azoto, dióxido de enxofre e partículas no sentido de clarificar os impactes nas populações localizadas na envolvente onde se tem verificado a combustão ”.
Recorde-se que a CM de Castelo de Paiva e a União de Freguesias de Raiva, Pedorido e Paraíso estão a acompanhar a situação, manifestarando desde logo preocupação quanto à situação da combustão que se tem observado desde Outubro, participando à Agência Portuguesa do Ambienteesta ocorrência provocada pelo incêndio que destruiu mais de 60% da área do concelho, reclamando uma solução rápida e eficaz para o problema, tendo em conta a saúde pública e a protecção de que vive por perto, sendo que, o edil Gonçalo Rocha que em Dezembro já tinha reportado a situação à Direcção Geral de Energia e Geologia, mantém-se no entanto, preocupado com a combustão lenta das escombreiras, apesar dos técnicos garantirem que, para já, a situação não representa perigo para a população local.
Na passada sexta-feira, técnicos da EDM estiveram no local para avaliar a situação, acompanhados de autarcas de Castelo de Paiva, o que permitiu recolher dados para ser iniciado um estudo, agora anunciado, que vai permitir determinar a solução técnica para este problema que afecta esta zona do Couto Mineiro.
 “ Em resultado desta visita, a EDM verificou que os focos de combustão se encontram limitados a materiais depositados em escombreiras, não existindo evidência de que se tenham propagado às jazidas de carvão que não foram exploradas no subsolo”, esclareceu em comunicado.
 No relatório apresentado, a empresa acrescenta ainda que, “a combustão lenta de materiais carboníferos depositados em escombreiras é responsável pela emissão dos gases de combustão do carvão que se tornaram mais intensos com as últimas chuvas, em resultado do acréscimo de evaporação de água da precipitação em contacto com os focos de combustão” e assim sendo, apesar de os focos de combustão se localizarem em terrenos privados, acrescenta a EDM, “ procedeu-se à colocação de vedações provisórias nas áreas que não estavam vedadas de modo a garantir a segurança”.
“ São medidas urgentes e necessárias para avaliar os efeitos nas populações dos focos de combustão e prevenir acidentes nas zonas afectadas, enquanto decorre o Estudo da Solução Técnica para, numa primeira fase, proceder à extinção dos focos de combustão e, posteriormente, proceder aos ajustamentos necessários nas escombreiras no sentido de evitar novas ocorrências no futuro”, informou ainda a EDM, entidade que é responsável pela caracterização e recuperação ambiental das áreas mineiras degradadas e sua monitorização, no âmbito do contrato de concessão atribuído pelo Estado Português.
O presidente Gonçalo Rocha, que acompanhou a visita dos técnicos da EDM ao terreno, confirmou que foi verificado que os focos de combustão se encontram limitados a materiais depositados em escombreiras, foi ordenada a vedação dos locais e a instalação de sensores de monitorização do ar, estandoagora aguardar o relatório dessa visita por parte da empresa pública.


Carlos Oliveira

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