Gonçalo
Rocha enalteceu trabalho desenvolvido
ACUP DE
CASTELO DE PAIVA COMEMOROU
ONTEM 0 12º ANIVERSÁRIO
A ACUP – Associação
de Combatentes do Ultramar Português, sedeada em Castelo de Paiva,
comemorou ontem, o seu 12ª Aniversário, numa cerimónia festiva que
começou de manhã com uma concentração junto à Igreja de Sobrado, e
um desfile até ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, localizado
na zona urbana da vila, onde foi prestada a habitual homenagem aos 27
militares paivenses que morreram na Guerra do Ultramar,
terminando o programa com uma Missa na Igreja S. Pedro
do Paraíso, e um almoço convívio, com animação musical.
Na cerimonia,
abrilhantada pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Castelo de
Paiva, destacaram-se as intervenções do presidente da ACUP, José
Moreira, e dos representantes da Liga dos Combatentes, da Cruz
Vermelha e da Associação dos Deficientes das Forças Armadas,
tendo o edil paivense Gonçalo Rocha, evidenciado a sua satisfação
por mais este momento festivo de aniversário da ACUP, recordando depois o
empenhamento e a luta travada pelos seus dirigentes para projectar a associação
a nível nacional, bem como enaltecer o excelente trabalho que tem sido
desenvolvido junto dos ex – combatentes, ao nível do apoio nas mais diversas
áreas de actuação civica e social.
Na sua intervenção, saudando os presentes na cerimónia, José
Moreira destacou o testemunho de uma guerra que separou famílias,
provocou inquietações, dor, sofrimento, originou um número incalculável de
deficientes físicos, psicológicos, mentais, ceifou a vida a milhares de jovens
portugueses que foram para a guerra sem saberem a razão e que o destino não
quis que regressassem vivos às suas famílias.
Para este dirigente dos combatentes de Castelo de
Paiva, “ parece que a guerra do Ultramar está esquecida no tempo, é coisa
passada, lembrada aqui e ali, mas com pouco significado, sobretudo nas gerações
mais jovens, todavia, para as famílias que a viveram de perto, sentiram o
sofrimento, a angústia de ver seus filhos partirem sem terem a certeza de que
regressariam e muitos nunca regressaram, esses, continuam a sentir essa guerra
bem presente nas suas vidas e nada as fará esquecer os momentos difíceis,
angustiantes por que passaram “, sublinhando, ao mesmo tempo, que muito actual
continua a ser, “ o sofrimento porque passam os ex-combatentes do Ultramar com
sofrimento pós traumático, causado pelas vivências dessa guerra cruel, fria e
desumana que lhes provocou doenças do foro físico, psicológico, mental,
abandono familiar em muitos casos, exclusão social.
O programa destas
comemorações, para além da homenagem prestada aos combatentes paivenses
falecidos na Guerra do Ultramar, junto ao Monumento localizado na
vila, que agora completou 14 anos, constou ainda uma missa na Igreja de
S. Pedro do Paraíso, em sufrágio por todos os combatentes que tombaram em
cenário de guerra, terminando com um almoço de confraternização no Hotel S.
Pedro e um momento de animação musical com convivio entre todos os
participantes, convidados e dirigentes da ACUP.
Recorde-se que a ACUP, foi fundada em 7
de Junho de 2002, com o objectivo de dignificar os interesses dos
ex-combatentes do ultramar português, tendo a associação desenvolvido junto das
autoridades nacionais, um grande esforço para que os ex-combatentes nunca
possam cair no esquecimento, evidenciando-se a importância social dos diversos
protocolos assinados junto com o Governo e outras entidades públicas.
Entretanto, a Associação de Combatentes do Ultramar Português, vai estar representada ao mais alto nivel nas
cerimónias oficiais do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas, que amanhã se realizam na cidade da Guarda.
Carlos Oliveira
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