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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Município Paivense reclama investimento superior a 1,8 milhões de euros
GOVERNO PRETENDE ABANDONAR A OBRA DE REQUALIFICAÇÃO DO CAIS DO CASTELO
Presidente Gonçalo Rocha repudia e contesta a decisão


O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, manifestou hoje, o seu repúdio e descontentamento pelo facto de o Governo, através da CCDR Norte /ON2  abandonar o projecto âncora do IPTM - Instituto Portuário e Transportes Marítimos, para a requalificação do Cais do Castelo, na freguesia de Fornos.


Esta mudança de decisão está já a gerar uma grande preocupação e indignação junto da população e dos autarcas locais, pelo que o presidente Gonçalo Rocha defende que se impõe a alteração imediata desta resolução, daí já ter solicitado junto do Governo, através do Secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto Abreu, do Secretário de Estado de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, e também do Secretario de Estado das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, a melhor atenção para a tomada das diligências que entenda adequadas, no sentido do apuramento do esclarecimentos sobre este processo e da viabilização urgente deste importante investimento para o município de Castelo de Paiva.
Agastado com esta decisão da rescisão do contrato de financiamento da obra de “ ampliação e remodelação do Cais do Castelo “ por parte do ON2 – O Novo Norte, fundamentada pela falta de inicio físico e financeiro da empreitada, o edil paivense considera tratar-se de um desfecho inesperado e com prejuízos avultadíssimos para o concelho de Castelo de Paiva, “ não só para as nossas legitimas expectativas no avanço deste importante investimento, como também para o desenvolvimento económico desta região, uma vez que, não se pode potenciar o Douro sem criar condições dignas de acostagem ao longo do seu curso “, sendo que, “  esta é uma infra-estrutura fundamental para a dinâmica turística que se deseja para o concelho e, em especial, para esta zona ribeirinha da freguesia de Fornos  “.
Recorde-se que, este investimento pela sua importância estratégica para a região, foi considerado pela ADRIMAG, no âmbito do PROVERE, como projecto âncora, logo prioritário em termos de financiamento e após a candidatura efectuada pelo IPTM, junto do ON 2 e da assinatura do Contrato de Financiamento.
Para Gonçalo Rocha, os recursos turísticos de uma região, nomeadamente de um concelho como o de Castelo de Paiva, traduzem-se sobretudo em recursos naturais, culturais e histórico-patrimoniais, destacando que, “ há condições, comparando com outros exemplos de investimento que se estão a verificar no âmbito do programa ON2, para enquadrar financiamento imediato para este projecto “ e evidenciando que, “ seria incompreensível cessar esta iniciativa quando se está a desencadear uma aposta, clara, no desenvolvimento turístico no Douro. Castelo de Paiva e esta região precisam urgentemente deste investimento”.
Neste sentido, realça o presidente da autarquia, a qualificação destes recursos assume uma importância acrescida para a valorização da oferta turística concelhia, manifestando o seu desagrado por não ver esta obra integrada nos projectos de valorização da Via Navegável do Douro.
Recorde-se que, para a concretização deste projecto, foi pensada uma proposta arquitectónica contemporânea, com zonas funcionais e/ou de lazer claramente definidas e em estreita ligação com o Douro. Com esta obra, Castelo de Paiva poderia receber do IPTM um investimento superior a 1,8 milhões de Euros, para a ampliação e remodelação do Cais do Castelo, com o alargamento da frente ribeirinha e criação de uma zona de lazer, cujo objectivo aponta para uma melhoria das condições operacionais para a actividade turistica fluvial no Douro.
Valorizado por magníficas paisagens, onde os rios complementam o panorama visual, o Município de Castelo de Paiva sempre reconheceu a importância que o aproveitamento dos recursos fluviais com capacidades turísticas tem para o desenvolvimento do turismo. Sendo os passeios no Douro, cada vez mais, uma opção de qualidade inigualável para passear em família, esta decisão é uma derrota para o município, que pretendia que o Cais do Castelo pudesse constituir uma das principais portas de entrada na região dando a conhecer o que de melhor esta tem para oferecer.
Até porque, estimular a criação de infra-estruturas de suporte e de facilidades de apoio turísticas, e em simultâneo potenciar os recursos endógenos da região, constituem as principais estratégias da aposta no desenvolvimento de um turismo sustentável para Castelo de Paiva.

GIRP/Carlos Oliveira

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