A Câmara Municipal de Arouca está disponível para emprestar à Estradas de Portugal os seis milhões de euros que garantiriam a conclusão da via rápida há décadas reclamada pelo concelho e sucessivas vezes adiada pelo Governo.
Na cerimónia de abertura da 67.ª edição da Feira das Colheitas, o presidente da autarquia aproveitou a presença da ministra da Agricultura para afirmar: “Arouca não pode ser vítima da má gestão dos sucessivos governos, que lançaram obras como a A32 – uma terceira autoestrada Lisboa/Porto, paralela a outras duas – enquanto Arouca só tem 10 quilómetros de via rápida concluídos”.
Reconhecendo que a empresa pública responsável pelas acessibilidades nacionais estará a ter dificuldades em encontrar financiamento para os 15 por cento que lhe cabem na conclusão da variante à EN 326, obra cujo custo será de 40 milhões de euros, José Artur Neves anunciou: “O município de Arouca está disponível para sacrificar parte da sua larga capacidade de endividamento para, caso o Governo o autorize nas condições legalmente possíveis, facultar um empréstimo de seis milhões de euros à Estradas de Portugal.
O empréstimo verificar-se-ia “com base num acordo a firmar entre as partes”, de forma a garantir ao concelho de Arouca a construção dos 13 quilómetros que faltam à sua via rápida, mas assegurando simultaneamente as condições necessárias para que o Estado possa pagar a dívida à autarquia “num tempo razoável”.
A ministra registou o recado e afirmou, aliás, que a variante à EN 326 será “a estrada mais conhecida do Parlamento”, de tão frequente que foi a abordagem do tema na Assembleia da República.
“Tomei boa nota das preocupações de Arouca ao nível das acessibilidades”, garantiu Assunção Cristas. “O Governo está a avaliar todas as situações que tem entre mãos, mas este contexto é muito particular e competirá ao ministro da Economia, que também tem a área das Obras Públicas, refletir sobre essa matéria”.
AYC.
Lusa/fim
Demagogia a quanto obrigas !.....
ResponderEliminarNão fizeram a proposta ao Sócrates porquê ?