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quinta-feira, 23 de abril de 2009

IEFP: Número de desempregados dispara 23,8%, o crescimento mais alto desde Setembro de 2003

Lisboa, 23 Abr (Lusa) - O número de desempregados inscritos nos centros de emprego disparou 23,8 por cento em Março, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e marcando o acréscimo mais elevado desde Setembro de 2003.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados inscritos no final do mês passado somava os 484.131, mais 93.105 inscrições do que em Março de 2008.
Relativamente a Fevereiro, o número de inscritos aumentou 3,2 por cento, resultado de um acréscimo de 14.832 desempregados.
Para o aumento do número de desempregados inscritos nos centros de emprego em relação a Março de 2008 contribuíram essencialmente a subida do desemprego entre os homens (38,9 por cento), entre os jovens (27,2 por cento) e entre os adultos (23,3 por cento).
A procura de um novo emprego - que justificou o registo de 93 por cento dos desempregados - foi, de acordo com o IEFP, a "mais afectada", tendo aumentado 25,8 por cento face ao mês homólogo.
Ao nível do tempo de permanência dos desempregados nos ficheiros, assistiu-se a uma subida de 42,4 por cento dos que estavam inscritos há menos de um ano, em oposição aos desempregados de longa duração (período de inscrição igual ou superior a um ano), que diminuíram 3,2 por cento.
Todos os níveis de habilitação escolar apresentavam mais desempregados do que há um ano, com os que possuem o 2º e 3º ciclos do ensino básico a registarem os aumentos mais elevados, 32,6 e 31,5 por cento, respectivamente.
Os licenciados, por sua vez, totalizaram os 40.960 registos, mais 10,1 por cento do que os registados em Março de 2008.
Os grupos de profissões com uma subida mais acentuada do desemprego em termos homólogos foram os operários e trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil (mais 84,2 por cento), seguidos dos trabalhadores da metalurgia (mais 46 por cento).
Com menos desemprego do que há um ano assumem relevância as profissões do ensino representadas pelos grupos "docentes do ensino secundário, superior e profissões similares" (com menos 38,8 por cento) e os "profissionais de nível intermédio de ensino" (a caírem 16,1 por cento).
O "fim do trabalho não permanente" foi o principal motivo de inscrição dos desempregados nos centros de emprego, tendo representado 38,8 por cento das inscrições efectuadas ao longo deste mês.
ICO
Lusa/Fim

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