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terça-feira, 13 de junho de 2017

Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa 17 e 18 de junho, Lousada

A Casa de Vila Verde, em Caíde de Rei, Lousada, abre as suas portas ao Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa no próximo fim de semana, dias 17 e 18 de junho. Serão dois dias de concertos para pequenos e graúdos, espetáculos de teatro e de marionetas para toda a família e criações musicais colaborativas da comunidade, tudo com entrada gratuita.

O programa abre no sábado, dia 17, às 15h15, com a peça de teatro Ez sapadores, pela companhia Projeto Ez, um espetáculo no qual uma dupla de sapadores loucos invade o território do público, prontos a não ajudar, mas sim para atrapalhar! Um ambiente clownesco cria o cenário perfeito onde tudo pode acontecer. 
A partir das 16h00, ora na escadaria da casa, ora no pátio, escutaremos Vai e Vem, uma banda felgueirense que usa a sua língua materna como pronúncio da alma, por entre metáforas melódicas transformadas pelas mãos de quatro jovens e versáteis músicos, Luís Severo, jovem cantor e compositor que escreve canções de amor que ficam no ouvido, com uma lírica marcada por metáforas luminosas e histórias do quotidiano, e Primeira Dama, pseudónimo de Manel Lourenço, com o amor, os amigos e as chatices, que, por vezes, trazem…
À noite, pelas 21h45, o palco principal pertence aos Best Youth, banda composta por Ed Rocha Gonçalves e Catarina Salinas, dois jovens músicos do Porto. Os Best Youth são mais do que uma banda; são uma celebração da amizade que os une. 
Em 2012 lançaram o primeiro EP, Winterlies. Rapidamente, a reação do público a canções como “Honey Trap” ou “Hang Out” apanhou os Best Youth de surpresa, alcançando os lugares cimeiros dos tops de airplay da Antena 3 e da Rádio Comercial. Também ao vivo os convites não pararam de surgir: entre outros, a banda atuou nos festivais Paredes de Coura, Optimus Alive, Sudoeste TMN e Optimus Primavera Sound. Tanto Catarina, que em 2012 foi convidada por David Fonseca a cantar o tema “Heavy Heart (It Won’t Go Away)”, como Ed descrevem os Best Youth como uma banda ambiciosa, no melhor dos sentidos, e provaram essas vistas largas ao embarcarem na aventura There Must Be a Place, partilhando vários palcos com os amigos We Trust. Mas o raio de ação do grupo do Porto vai além das fronteiras nacionais: em 2013, foram capazes de levar ao delírio tanto os espectadores do festival Glimps, em Gent, na Bélgica, que receberam os portugueses com uma verdadeira enchente (a organização também não lhes poupou elogios, descrevendo-os, no site do evento, como “uma versão ibérica dos Cardigans”). Prova do fascínio que os Best Youth exercem no público internacional foi, ainda, também em 2013, a atuação na gala Pop-Eye, em Cáceres, Espanha, onde receberam o prémio de Melhor Artista Português. 2014 foi um ano essencialmente dedicado à composição de novas canções e ao trabalho em estúdio. Em 2015, com Fernando Sousa (X-Wife) no baixo e Sarafa na bateria, Ed e Catarina lançaram o primeiro álbum, Highway Moon, que os colocou entre os melhores novos nomes portugueses.
No domingo, dia 18, o Festival retoma, às 15h30, com a atuação do Grupo de Bombos “Os Amigos de Caíde de Rei”, um grupo lousadense, seguindo-se, às 16h30, um espetáculo de marionetas inspirado numa lenda do concelho de Lousada – Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Zé do Telhado –, concebido pela Limite Zero. 
O programa continua, às 17h30, com um concerto de comunidade, Terceiro Andamento. Resultado de uma criação artística colaborativa entre três coletividades artística do Tâmega e Sousa, em palco estarão o Curso Profissional de Música da Escola Secundária/3 Prof. Dr. Flávio F. Pinto Resende (Cinfães), o Grupo Coral de Resende e o Grupo de Cavaquinhos “Os Amigos de Vilar” (Lousada), sob direção artística de Ricardo Baptista e António Serginho e criação e composição de André Nunes e Pedro Santos.
Terceiro Andamento insere-se no projeto artístico Sonatas e Tocatas, que nasce do trabalho conjunto de alguns grupos musicais dos 11 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa. Deste trabalho resulta a apresentação de um conjunto de performances inspiradas nos diferentes lugares onde acontecem, cruzando repertórios e abordando-os de forma arrojada e contemporânea. Este é, ainda, um projeto de construção social e cultural, que procura criar pontes dentro deste território e provocar novas perspetivas acerca do património com que interage. Novas criações, concebidas em conjunto, que partem da música e de repertórios locais, mas que convidam o público a um novo olhar e a uma nova audição sobre a sua própria herança cultural. 
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é um convite a uma viagem entre a memória, o tempo histórico e a contemporaneidade, guiada por propostas artísticas de reconhecido valor, que propiciarão experiências únicas e irrepetíveis inspiradas nestes lugares, numa relação de simbiose com o espaço, o tempo e o público. É um convite à deambulação pelos jardins, matas e vinhas ao som artistas de referência nacional e internacional. É um convite para descobrir lendas, crenças e imaginários e, em família, construir novas memórias. É um convite para conhecer as comunidades e coletividades culturais do Tâmega e Sousa, amplamente envolvidas e comprometidas na construção do programa artístico do Festival, e beber dos seus saberes e tradições.
Até 23 julho de 2017, durante os fins de semana, percorrendo casas, solares e quintas de estilo barroco dos municípios do Tâmega e Sousa, o Festival propõe 20 dias de programação cultural, 60 concertos, 20 espetáculos para famílias e 14 novas criações artísticas, envolvendo artistas de referência nacional e internacional da música contemporânea e coletividades culturais do Tâmega e Sousa. 
O Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa é promovido pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, em articulação com os municípios que a integram, e em parceria com a Direção Regional de Cultura do Norte e com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Esta iniciativa é um projeto cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.


Programa do Festival Confluências – Quintas do Barroco do Tâmega e Sousa
No fim de semana de 1 e 2 de julho montamos o palco na Casa da Quinta da Calçada, em Cinfães. O programa inclui, no dia 1, a peça de teatro para famílias Muita tralha pouca tralha, por Catarina Requeijo (15h30), um ciclo de concertos com Calcutá, Marco Luz e Old Jerusalem (16h00) e um concerto dos Dead Combo (21h45) e, no dia 2, uma atuação das Concertinas do Vale do Bestança (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do cantador, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Terceiro Andamento (17h30).
A Casa da Soenga, em Resende, recebe o Festival no fim de semana de 8 e 9 de julho. O programa inclui, no dia 8, a peça de teatro para famílias Mariela, pela companhia Nuvem Voadora (15h360), um ciclo de concertos com Ana, Homem em Catarse e Gobi Bear (16h00) e um concerto dos Birds Are Indie (21h45) e, no dia 9, uma atuação do Grupo de Bombos “BomMouros” (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do sardão de Cárquere, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Terceiro Andamento (17h30).
No penúltimo fim de semana, a 15 e 16 de julho, o Festival visita o Solar dos Brandões (Museu Arqueológico da Citânia de Sanfins), em Paços de Ferreira. O programa inclui, no dia 15, a peça de teatro para famílias Mito móvel, por Vera Alvelos (15h00), um ciclo de concertos com Villa Nazca, The Partisan Seed e Coelho Radioactivo (16h00) e um concerto de Noiserv (21h45) e, no dia 16, uma atuação das Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda dos três sapinhos, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).
O Festival encerra o seu périplo no Solar da Fisga, em Castelo de Paiva, no fim de semana de 22 e 23 de julho. O programa inclui, no dia 22, a peça de teatro para famílias A Odisseia, por Jorge Loureiro e Leonor Barata (15h00), um ciclo de concertos com Lourenço Crespo, Grutera e Minta & The Brook Trout (16h00) e um concerto de Samuel Úria (21h45) e, no dia 23, uma atuação dos Amigos da Sexta (15h30), o espetáculo de marionetas Lendas da nossa terra por Romão, o ancião: lenda do Marmoiral de Sobrado, pela Limite Zero (16h30), e o concerto de comunidade Quarto Andamento (17h30).


Claudia Costa
CIM do Tâmega e Sousa

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