Projecto de diagnóstico do cancro venceu Prémio do Jovem Empreendedor
Presidente Gonçalo Rocha congratula-se com distinção de “ investigadora “ paivense
É paivense, diagnostica precocemente o cancro e conquistou recentemente o Prémio do Jovem Empreendedor de 2014, sendo que, o projecto Blue Stain foi o grande vencedor, traduzindo num inovador método de diagnóstico de cancro oral desenvolvido pela "startup" TargeTalent, da qual é responsável Paula Melo Alves que, em conjunto com Fernando Ferreira, arrecadou o prémio de 30 mil euros.
A Assembleia Municipal já aprovou, por unanimidade, um Voto de Louvor e o presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha, também se congratulou com esta distinção e endereçou felicitações a esta investigadora paivense, que será recebida, em jeito de homenagem, pelo Executivo Municipal, nos Paços do Concelho, na manhã do próximo sábado, dia 6 de Dezembro.
Licenciada em Anatomia Patológica e actualmente a fazer doutoramento em Patologia e Genética Molecular na Universidade do Porto, Paula Melo tem 29 anos, sendo natural de Castelo de Paiva. Em 2012, juntamente com Fernando Ferreira, criou a TargeTalent, uma "startup" que dedica-se ao desenvolvimento de testes de diagnóstico que utilizam as células como meio biológico. Trata-se de uma tecnologia diferenciada de interface bio-digital, que permite o diagnóstico rápido de patologias. Este meio de diagnóstico precoce de cancro oral permite uma colheita de células e obtenção de resultados durante a consulta médica
A TargeTalent conta com o apoio da CESPU e ainda de duas "business angels": a Creative Wings, SA e a Green Capital, SA, e participou em Novembro de 2013, numa sessão de investidores organizada pela ANJE (Associação Nacional de Jovens Empresários) durante a 16.ª Feira do Empreendedor. Aí, os dois investigadores tiveram a oportunidade de apresentar o conceito a várias entidades de capital de risco, "business angels" e "venture capital".
Para o edil Gonçalo Rocha, é sempre um grande motivo de orgulho e de satisfação, ver paivenses a brilhar nas mais diversas áreas de actividade, sendo que este prémio reveste-se de grande importância e interesse, até porque além de resultar da necessidade de materializar um projecto de investigação numa ideia de negócio, evidencia um empenhado e árduo trabalho de investigação, traduzido num "kit" de diagnóstico do cancro, do oral em particular, que possibilita a recolha e análise imediata de células do corpo humano, de uma forma rápida, não invasiva e indolor.
Recorde-se que, acordo com um comunicado emitido pela ANJE, o cancro oral regista 540 mil novos casos por ano, com uma taxa de mortalidade de 80% (seis em cada 10 pacientes morrem nos cinco anos seguintes ao diagnóstico).
Carlos Oliveira
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