Cerca de 13.000 pessoas, incluindo 2.000 espanhóis, visitaram o parque de diversões de Penafiel, reaberto no dia 16 de junho no âmbito de um processo de recuperação da empresa, após o pedido de insolvência apresentado em 2011.
Daniel Soares, diretor financeiro do parque, designado "Magikland" (antiga Bracalândia), disse hoje à Lusa que o número de visitantes deverá atingir os 60.000 até ao final de outubro, quando terminar o período de abertura.
“Está ligeiramente abaixo do que esperávamos, mas está dentro do limite razoável para ser sustentável. No geral, as coisas estão a correr bem”, afirmou.
O responsável pelo processo de recuperação da empresa aprovado em tribunal disse estar satisfeito com as primeiras semanas de funcionamento, revelando que a média de visitantes por cada dia é de 400 a 500, mas esse número deverá aumentar, em agosto, para 600 a 700.
Daniel Soares disse estar certo de que, se a conjuntura económica em Portugal e na Espanha fosse outra, o parque conseguiria um número superior de visitantes, já nesta fase de reabertura.
“As notícias negativas que ouvimos todos os dias não ajudam nada”, lamentou.
Apesar disso, insistiu, a planificação prevista no âmbito do processo de recuperação da empresa, aprovado pelos credores, está a ser cumprida, incluindo o número de trabalhadores afetos ao funcionamento do parque (45).
“Estamos a cumprir com rigor extremo”, exclamou.
À Lusa recordou, por outro lado, que este é um processo para quatro anos e que, para já, estão a ser lançados os alicerces, para que o futuro do equipamento, a médio prazo, seja “risonho”.
“As pessoas que nos visitam saem muito satisfeitas. Elogiam o espaço, que está mais verde, os divertimentos e até a limpeza”, anotou, enquanto se mostrava convencido que os visitantes acabam quase sempre por voltar ao espaço.
A pensar no próximo ano, a Magikland, que ocupa atualmente uma área de sete hectares, junto ao parque da cidade de Penafiel, já está a trabalhar em novos projetos para atrair mais nichos de público.
Um lago artificial preparado para banhos, uma quinta pedagógica, com animais, voltada para a população escolar, e zona de desportos radicais, junto a uma linha de água, são os melhoramentos que deverão ser disponibilizados ao público a partir de maio de 2013.
“Queremos dar um passo de cada vez, para termos o melhor retorno”, disse.
Questionado sobre o futuro do parque, Daniel Soares admitiu estar otimista, antevendo que dentro de dois anos a Magikland possa receber mais de 700.000 visitantes.
A reabertura daquele equipamento tornou-se possível graças a um acordo de credores, incluindo da banca e da autarquia local, promovido, em março, pelo tribunal.
O plano de recuperação da empresa consagrou um período de carência de dois anos para o pagamento das dívidas (cerca de 6,5 milhões de euros) e a disponibilização, por dois bancos, de cerca de 120 mil euros, para permitir o reinício de atividade do parque de diversões.
Lusa
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