Gonçalo Rocha considera medida do Governo “ injusta e inqualificável “
POPULAÇÃO PAIVENSE CONVIDA MINISTRA PARA MARCHA DE PROTESTO REPUDIANDO O ENCERRAMENTO DO TRIBUNAL DE CASTELO DE PAIVA
Grupo de Trabalho vai rebater decisão do Ministério da
Justiça
Para além da criação de um Grupo de Trabalho que vai
produzir um documento a rebater, ponto por ponto, a decisão do Ministério da
Justiça, os autarcas e a população paivense vão promover uma “ Marcha Lenta “
até Arouca, com convite à Ministra, evidenciando o seu descontentamento e a sua
forte indignação, face à recente decisão do Governo em extinguir a Comarca de
Castelo de Paiva e remeter para o concelho vizinho, localizado a 27 km e
separado por péssimas acessibilidades, os serviços públicos do Ministério da
Justiça.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva,
Gonçalo Rocha, não aceita que o Governo decida de “ ânimo leve “, a extinção do
Tribunal da Comarca de Castelo de Paiva e, ontem ao final da tarde, convocou o
representante local da Ordem dos Advogados e os autarcas do concelho (
executivo municipal, presidentes de juntas de freguesia, e representantes da
Assembleia Municipal ) para uma reunião de emergência com o objectivo de
analisar a proposta da DGAJ, referente à reorganização do mapa judiciário que
foi agora apresentado e que penaliza o municipio, com o encerramento de mais um
serviço público.
Reagindo a esta noticia, sobre a proposta de reorganização
do mapa judiciário, apresentado à TROIKA, o edil Gonçalo Rocha fez saber que a
medida anunciada pelo Governo é injusta e inqualificável, chegando ao ponto de
manifestar a sua revolta, considerando que, “ o Governo está a matar o concelho
de Castelo de Paiva e os seus serviços públicos “, alertando que, o eventual
encerramento do Tribunal Judicial de Castelo de Paiva vai ter repercussões
negativas e uma reacção muito forte por parte da população paivense.
De forma unânime, num encontro marcado pela revolta e
indignação, todos contestaram e repudiaram a decisão do Ministério da Justiça,
considerando rídiculo e absurdo, o critério das boas acessibilidades,
apresentado para sustentar a decisão governativa, quando todos sabem que os
dois municipios estão ligados por péssimos acessos rodoviários ( 365 curvas
para 27 km na velhinha EN 224 ) e nem sequer transportes públicos condignos
existem entre as duas localidades.
Os participantes evidenciaram o seu desagrado e a sua forte
oposição perante uma decisão que penaliza gravemente o município de Castelo de
Paiva, considerando que o estudo está mal elaborado, com graves falhas e que
não considera uma série de valências importantes, evidenciando um conhecimento
incorrecto da realidade local, ao mesmo tempo que ignorou, em termos de
auscultação, os representantes do Poder Local e a Ordem dos Advogados, que
deveriam ter uma palavra a dizer sobre esta decisão.
Entre as várias iniciativas de protesto que foram propostas
na reunião, destaca-se a organização de uma Marcha Lenta até à vila de Arouca,
na tarde do próximo dia 12 de Fevereiro, com concentração ás 14h30 no Parque da
Feira e a criação de um Grupo de Trabalho, constituído pelo edil Gonçalo Rocha
e os líderes partidários na Assembleia Municipal, João Campos, Pedro Maldonado,
Rocha Pereira e Artur Esteves, este ultimo representante local da Ordem dos Advogados,
para em conjunto produzirem uma resposta urgente e fundamentada para rebater,
ponto por ponto, a injusta decisão do Ministério da Justiça.
Numa altura em que a Câmara Municicipal e os seus autarcas,
intensificam a luta, continuando a reivindicar a conclusão das acessibilidades
que o concelho ainda carece, nomeadamente a Variante à EN 222 e o IC 35, “ vir dizer que temos bons acessos
rodoviários para Arouca, para onde nem transportes públicos existem, além de rídiculo,
só pode ser uma ofensa contra a população paivense, coisa que não aceitamos e
merece o nosso veemente repúdio e a nossa indignação “, destacou Gonçalo Rocha,
que promete firmeza na contestação a esta proposta, esperando que os
responsáveis politicos em Aveiro, estejam solidários com esta oposição e
estejam em força na Marcha de Protesto que a autarquia vai organizar,
endereçando também o convite à Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz para
que possa estar presente e avaliar “ in loco “ as grandes dificuldades que tal
medida acarreta para o povo de Castelo de Paiva.
Em
termos de transportes públicos, de segunda a sexta – feira, a vila de Castelo
de Paiva só tem uma ligação com o vizinho concelho de Arouca, ás 17h30,
assegurado pela TRANSDEV, o que equivale a dizer que, se os paivenses sem
transporte próprio, tiverem que tratar assuntos de justiça no Tribunal de
Arouca, têm que ir de véspera e pornoitar para serem atendidos no outro dia…e
para regressar só voltam a ter autocarro no dia seguinte, ás 6h20 da manhã…ou optar
por um serviço de táxi que tem um custo demasiado dispendioso e incomportável
para a maioria dos paivenses.
Com a
nova reorganização do mapa judiciário, nomeadamente na proposta apresentada
para o distrito de Aveiro, os paivenses ficam com os serviços judiciais
espalhados por vários concelhos, sendo que na Secção Cível e nas áreas Criminal
e Tribunal de Trabalho, passa para Santa Maria da Feira, para S. João da
Madeira no que diz respeito ao Tribunal de Familia e Menores, para Vale de Cambra
referente ao Tribunal de Execução e para Arouca, relativamente à Instancia
Local – Competência Genérica…elucidativo, sem dúvida!!!
Recorde-se a propósito que, ainda recentemente, Castelo de Paiva assumiu
um protesto contra a decisão da ARS - Administração Regional de Saúde do Norte,
em estabelecer a redução de horário de atendimento no SASU no Centro de Saúde
local, circulando por todo o concelho, um “ abaixo – assinado “ contestando tal
orientação.
GIRP/Carlos Oliveira
O Sócrates livrou-se de boa !
ResponderEliminarNão tenhamos dúvidas que eram estas medidas que ia implementar.....