Na Zona Industrial de Lavagueiras, em Pedorido
Executivo Municipal de Castelo de Paiva esteve de visita ás fábricas da CERNE e da IETA
· Gonçalo Rocha
agradado com o esforço de recuperação das empresas
A exemplo do que já fez com outras empresas locais, o
Executivo Municipal de Castelo de Paiva, liderado por Gonçalo Rocha, esteve no
final da passada semana, de visita ás empresas CERNE e IETA, na Zona Industrial
de Lavagueiras, na freguesia de Pedorido, onde reuniu com as respectivas
administrações e teve a oportunidade de contactar trabalhadores, deixando um
palavra de estimulo e incentivo nestes tempos mais dificeis que fragilizam a
economia portuguesa.
Depois de uma abordagem inicial ás unidades fabris
localizadas no municipio, onde Gonçalo Rocha previligiou a indústria do
calçado, uma sector que está, de novo, em ascendente a nível nacional, o edil
paivense esteve agora, acompanhado do Vice-Presidente António Rodrigues e do
Vereador José Manuel Carvalho, de visita à Cerne, industria de mobiliário, e á
IETA, indústria de metalomecánica, ambas unidades fabris de grande dimensão,
instaladas na Zona Industrial de Lavagueiras, na freguesia de Pedorido.
Na Cerne, a comitiva municipal foi recebida pelo
admnistrador Joaquim Rocha e conheceu pormenores desta empresa, que passa agora
por um difícil processo de recuperação, depois da confirmada a situação de insolvência, contando agora com
75 operários, depois do despedimento em Julho último, de quase outros trantos
trabalhadores.
Joaquim Rocha fez questão de frisar que a Cerne está a
renascer com grande esforço, tentando reconquistar a dinâmica empresarial que já teve, deixando
perceber boas perspectivas de negócio para o próximo ano, com alguma
possibilidade de encomendas que até podem originar, pontualmente, a contratação
de mais trabalhadores.
No entanto, fez questão de evidenciar, que a falta de fundo
de maneio para comprar a matéria prima e a subida do IVA estão a dificultar as
coisas, na luta permanente pela recuperação e viabilidade desta indústria de
mobiliário, que chegou a ter lojas em vários países da Europa e a facturar mais
de 10 milhões de euros em 2005.
Recorde-se que a
empresa "Cerne - Indústria de Mobiliario", é das poucas
empresas em Portugal, que fabrica mobiliário em madeira maciça (100% maciço)
lançou um inovador projecto de mobiliario, com um design que alcançou enorme
sucesso junto dos profissionais no ramo dos móveis. Projecto esse que tinha em
consideração a modularidade, a flexibilidade de soluções e a resposta integral
para as casas dos clientes.
No inicio da sua actividade, na década de noventa, tinha
como principal mercado a exportação, com destaque para o mercado espanhol, onde
continua a ter uma posição comercial de relevo, escoando 80% da produção. Surgiu como uma marca especializada na
produção de mobiliário de qualidade em madeira maciça, de design contemporâneo,
tendo como mote "O Renascimento do Autêntico".
O despedimento coletivo verificado, no âmbito do plano de
recuperação da empresa, foi motivado pela diminuição progressiva do volume de
negócios da marca que, em 2010, se ficou
pelos cinco milhões de euros, e até 2007, ainda foi possível “aguentar o barco “, mas depois a situação
começou a ficar muito difícil.
“ Fomos para
insolvência e agora, na assembleia de credores, 96 por cento deles – entre
fornecedores e trabalhadores - votaram a favor do plano de reestruturação que
previa este despedimento”, confirmou
Joaquim Rocha aos autarcas paivenses, mostrando-se optimista para o
próximo ano, esperando garantir um volume de encomendas para dar trabalho a
todos os funcionários que continuam na empresa, empenhados no desafio de salvar
esta unidade fabril, que ainda é uma
referencia neste sector de actividade.
Já na empresa IETA, que tambem passa por idêntica fase de
recuperação, depois de um processo de insolvência em 2004, os autarcas
paivenses foram recebidos por Rui Costa, presidente do Conselho de Admnistração
e Abilio Soares, administrador executivo, que deram a conhecer a situação
actual da empresa, tentanto vencer as dificuldades e garantir a
sustentabilidade desta industria de metalomecânica, estando agora no bom
caminho, com as contas equilibradas, com boas perspectivas de aumento da
produção e até captar outros nichos de mercado, não prevendo qualquer redução
de pessoal nos tempos mais próximos.
Os administradores da IETA referiram que 2011 está a ser um
bom ano e acreditam na recuperação da empresa, anunciando nesta abordagem com
os autarcas paivenses, a necessidade da reestruturação da empresa, tornando-a
mais ágil e dinâmica, esperando que os “ credores “ acreditem também na
recuperação da unidade fabril, no empenhamento dos trabalhadores e da nova administração,
apostada que está em fazer a empresa ganhar novo fôlego, evitando os problemas
de tesouraria e conseguindo mais encomendas.
Recorde-se que a IETA, fundada em 1939 por Manuel Soares
Gonçalves, é uma fábrica de referência no ramo dos estofos e componentes /
acessórios para o sector automóvel, tem 170 trabalhadores e prevê uma
facturação de 8 milhões de euros para o
ano que agora finda.
Implantada em Castelo de Paiva desde o ano 2000, e com 80%
da sua produção para o mercado da exportação, a IETA como empresa industrial de
referência na fabricação de produtos para o sector automóvel, evidencia-se pela
sua elevada flexibilidade, qualidade dos seus colaboradores e adaptação às
mudanças, sendo que esta empresa nortenha assumiu o compromisso de desenvolver
sempre os seus produtos e serviços com a preocupação da qualidade, da
responsabilidade social, da segurança e respeito pelo ambiente, contribuindo
assim, para o desenvolvimento da região onde está instalada e promovendo a sua
internacionalização, sendo a satisfação dos seus clientes a sua principal meta
em todas as suas actividades, destacando-se o sucesso da marca registada IETA
Design.
Ambas as administrações louvaram a atitude do Executivo da
Câmara Municipal em conhecer a real situação das empresas, manifestando o seu
agrado pela vontade e interesse do edil paivense em disponibilizar a melhor
colaboração, procurando ajudar a garantir a viabilidade e o sucesso das empresas.
Para o presidente da Câmara Municipal, nesta fase de
dificuldades e de crise que o país atravessa, é importante esta abordagem, “
sentir o pulso “ ás empresas e dar um estimulo e um incentivo, para que saibam
que a autarquia deseja o reforço e a estabilidade do sector empresarial no
concelho e se mostra disponível e disposta a colaborar no que for possível,
para ajudar a garantir a sustentabilidade das empresas aqui localizadas.
No final, o presidente Gonçalo Rocha fez um balanço bastante
positivo destas visitas, mostrando –se satisfeito com estas perspectivas
animadoras e o esforço que está a ser feito por ambas administrações,
assegurando que tudo fará para acompanhar a realidade empresarial do concelho,
e trabalhando cada vez mais, no sentido de estimular o investimento, dinamizar
a economia local e tentar atrair mais emprego para o concelho, pelo que, no
mesmo âmbito, outras visitas se vão concretizar no decorrer do mandato,
previligiando outros sectores de actividade.
GIRP/Carlos Oliveira
O Presidente do Conselho de Administração da Empresa é o senhor de gravata verde?
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