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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Na Zona Industrial de Lavagueiras, em Pedorido
Executivo Municipal de Castelo de Paiva esteve de visita ás fábricas da CERNE e da IETA
·      Gonçalo Rocha agradado com o esforço de recuperação das empresas




A exemplo do que já fez com outras empresas locais, o Executivo Municipal de Castelo de Paiva, liderado por Gonçalo Rocha, esteve no final da passada semana, de visita ás empresas CERNE e IETA, na Zona Industrial de Lavagueiras, na freguesia de Pedorido, onde reuniu com as respectivas administrações e teve a oportunidade de contactar trabalhadores, deixando um palavra de estimulo e incentivo nestes tempos mais dificeis que fragilizam a economia portuguesa.


Depois de uma abordagem inicial ás unidades fabris localizadas no municipio, onde Gonçalo Rocha previligiou a indústria do calçado, uma sector que está, de novo, em ascendente a nível nacional, o edil paivense esteve agora, acompanhado do Vice-Presidente António Rodrigues e do Vereador José Manuel Carvalho, de visita à Cerne, industria de mobiliário, e á IETA, indústria de metalomecánica, ambas unidades fabris de grande dimensão, instaladas na Zona Industrial de Lavagueiras, na freguesia de Pedorido.
Na Cerne, a comitiva municipal foi recebida pelo admnistrador Joaquim Rocha e conheceu pormenores desta empresa, que passa agora por um difícil processo de recuperação, depois da confirmada  a situação de insolvência, contando agora com 75 operários, depois do despedimento em Julho último, de quase outros trantos trabalhadores.
Joaquim Rocha fez questão de frisar que a Cerne está a renascer com grande esforço, tentando reconquistar  a dinâmica empresarial que já teve, deixando perceber boas perspectivas de negócio para o próximo ano, com alguma possibilidade de encomendas que até podem originar, pontualmente, a contratação de mais trabalhadores.
No entanto, fez questão de evidenciar, que a falta de fundo de maneio para comprar a matéria prima e a subida do IVA estão a dificultar as coisas, na luta permanente pela recuperação e viabilidade desta indústria de mobiliário, que chegou a ter lojas em vários países da Europa e a facturar mais de 10 milhões de euros em 2005.
Recorde-se que a  empresa "Cerne - Indústria de Mobiliario", é das poucas empresas em Portugal, que fabrica mobiliário em madeira maciça (100% maciço) lançou um inovador projecto de mobiliario, com um design que alcançou enorme sucesso junto dos profissionais no ramo dos móveis. Projecto esse que tinha em consideração a modularidade, a flexibilidade de soluções e a resposta integral para as casas dos clientes.
No inicio da sua actividade, na década de noventa, tinha como principal mercado a exportação, com destaque para o mercado espanhol, onde continua a ter uma posição comercial de relevo, escoando 80% da produção.  Surgiu como uma marca especializada na produção de mobiliário de qualidade em madeira maciça, de design contemporâneo, tendo como mote "O Renascimento do Autêntico".
O despedimento coletivo verificado, no âmbito do plano de recuperação da empresa, foi motivado pela diminuição progressiva do volume de negócios da marca que, em 2010,  se ficou pelos cinco milhões de euros, e até 2007, ainda foi possível   “aguentar o barco “, mas depois a situação começou a ficar muito difícil.
 “ Fomos para insolvência e agora, na assembleia de credores, 96 por cento deles – entre fornecedores e trabalhadores - votaram a favor do plano de reestruturação que previa este despedimento”, confirmou  Joaquim Rocha aos autarcas paivenses, mostrando-se optimista para o próximo ano, esperando garantir um volume de encomendas para dar trabalho a todos os funcionários que continuam na empresa, empenhados no desafio de salvar esta unidade fabril,  que ainda é uma referencia neste sector de actividade.
Já na empresa IETA, que tambem passa por idêntica fase de recuperação, depois de um processo de insolvência em 2004, os autarcas paivenses foram recebidos por Rui Costa, presidente do Conselho de Admnistração e Abilio Soares, administrador executivo, que deram a conhecer a situação actual da empresa, tentanto vencer as dificuldades e garantir a sustentabilidade desta industria de metalomecânica, estando agora no bom caminho, com as contas equilibradas, com boas perspectivas de aumento da produção e até captar outros nichos de mercado, não prevendo qualquer redução de pessoal nos tempos mais próximos.
Os administradores da IETA referiram que 2011 está a ser um bom ano e acreditam na recuperação da empresa, anunciando nesta abordagem com os autarcas paivenses, a necessidade da reestruturação da empresa, tornando-a mais ágil e dinâmica, esperando que os “ credores “ acreditem também na recuperação da unidade fabril, no empenhamento dos trabalhadores e da nova administração, apostada que está em fazer a empresa ganhar novo fôlego, evitando os problemas de tesouraria e conseguindo mais encomendas.
Recorde-se que a IETA, fundada em 1939 por Manuel Soares Gonçalves, é uma fábrica de referência no ramo dos estofos e componentes / acessórios para o sector automóvel, tem 170 trabalhadores e prevê uma facturação de 8  milhões de euros para o ano que agora finda.
Implantada em Castelo de Paiva desde o ano 2000, e com 80% da sua produção para o mercado da exportação, a IETA como empresa industrial de referência na fabricação de produtos para o sector automóvel, evidencia-se pela sua elevada flexibilidade, qualidade dos seus colaboradores e adaptação às mudanças, sendo que esta empresa nortenha assumiu o compromisso de desenvolver sempre os seus produtos e serviços com a preocupação da qualidade, da responsabilidade social, da segurança e respeito pelo ambiente, contribuindo assim, para o desenvolvimento da região onde está instalada e promovendo a sua internacionalização, sendo a satisfação dos seus clientes a sua principal meta em todas as suas actividades, destacando-se o sucesso da marca registada IETA Design.
Ambas as administrações louvaram a atitude do Executivo da Câmara Municipal em conhecer a real situação das empresas, manifestando o seu agrado pela vontade e interesse do edil paivense em disponibilizar a melhor colaboração, procurando ajudar a garantir a viabilidade e o sucesso das  empresas. 
Para o presidente da Câmara Municipal, nesta fase de dificuldades e de crise que o país atravessa, é importante esta abordagem, “ sentir o pulso “ ás empresas e dar um estimulo e um incentivo, para que saibam que a autarquia deseja o reforço e a estabilidade do sector empresarial no concelho e se mostra disponível e disposta a colaborar no que for possível, para ajudar a garantir a sustentabilidade das empresas aqui localizadas.
No final, o presidente Gonçalo Rocha fez um balanço bastante positivo destas visitas, mostrando –se satisfeito com estas perspectivas animadoras e o esforço que está a ser feito por ambas administrações, assegurando que tudo fará para acompanhar a realidade empresarial do concelho, e trabalhando cada vez mais, no sentido de estimular o investimento, dinamizar a economia local e tentar atrair mais emprego para o concelho, pelo que, no mesmo âmbito, outras visitas se vão concretizar no decorrer do mandato, previligiando outros sectores de actividade.

GIRP/Carlos Oliveira

1 comentário:

  1. O Presidente do Conselho de Administração da Empresa é o senhor de gravata verde?

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