O Secretário
de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, elogiou hoje a Rota do Românico,
considerando-a “uma iniciativa de grande visão” e “uma das linhas essenciais do
mapa comum da relação entre a cultura e o turismo em Portugal”.
O governante
sublinhou, ainda, que este projeto “é uma oportunidade para a nova economia”,
já que “pode unir de uma forma absolutamente esmagadora cultura e turismo”. Nas
suas palavras, “o turista é uma espécie de último geógrafo do nosso tempo, a
quem devemos prestar homenagem, seduzir e cativar”, pois é “um fator de criação
de riqueza e de cultura”.
As
declarações foram proferidas durante a sessão de abertura do I Congresso
Internacional da Rota do Românico, que teve início hoje e se prolonga até à
próxima sexta-feira, dia 30.
Na cerimónia
estiveram também presentes o Presidente da VALSOUSA – Associação de Municípios
do Vale do Sousa, Alberto Santos, o Presidente da AMBT - Associação de
Municípios do Baixo Tâmega, Armindo Abreu, o Presidente da Câmara Municipal de
Lousada, Jorge Magalhães, o Presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão, o
Presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal,
Melchior Moreira, e o Presidente da TRANSROMANICA – The Romanesque Routes of
European Heritage, Lars-Joern Zimmer.
O Presidente
da VALSOUSA – Associação de Municípios do Vale do Sousa considerou este I
Congresso Internacional da Rota do Românico um momento oportuno para “fazer a
análise e a reflexão sobre o trabalho feito, mas procurando, sobretudo,
encontrar novas pistas para continuar esta aventura, com sustentabilidade”. Na
sua opinião, a ideia passa por aproveitar “este passivo, que é este conjunto de
monumentos isolados, e transformá-los num ativo”, partindo da identidade da
região e da história coletiva.
O Presidente
da AMBT - Associação de Municípios do Baixo Tâmega frisou o prestígio e a
notoriedade que eventos como este Congresso trazem à região, destacando, desde
logo, a “qualidade dos oradores e adesão de tão elevado número de
congressistas”.
A estas
intervenções sucedeu-se a abertura do primeiro painel do Congresso, com uma
comunicação da Diretora da Rota do Românico, Rosário Correia Machado, que
apresentou uma retrospetiva do projeto e das áreas de intervenção que têm sido
desenvolvidas desde a sua génese.
A comunicação
ficou marcada pela apresentação dos novos monumentos da Rota do Românico,
integrados na sequência do alargamento desta, em março de 2010, aos municípios
de Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende. O
itinerário de visita, que composto por 21 monumentos, será agora estendido a
mais 34 elementos patrimoniais, localizados no Tâmega, bem como a mais dois, no
Vale do Sousa.
A manhã foi,
ainda, preenchida com as comunicações de Lúcia Rosas, da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, e de Ana Paula Amendoeira, da Comissão Nacional
Portuguesa do Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS).
Lúcia Rosas
abordou o processo de europeização e difusão do românico, desde o seu
surgimento na Europa, às suas influências em Portugal e mais concretamente no
território do Tâmega e Sousa, onde assumiu características muito próprias e
regionalizadas.
Ana Paula
Amendoeira focou o papel do património na compreensão da identidade e da
cultura locais e regionais, destacando a sua função privilegiada na construção
de uma coesão europeia.
A tarde foi
dedicada às temáticas da relação entre o Românico e do Território e à
Conservação e Salvaguarda do Património. José Augusto Sotomayor-Pizarro, da
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e Domingos Tavares, da Faculdade
de Arquitetura da Universidade do Porto, deram corpo ao painel “Românico e
Território”, enquanto o painel “Conservação e Salvaguarda do Património” teve
como oradores Aníbal Costa, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade
de Aveiro, Miguel Malheiro, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Lusíada
do Porto, e Augusto Costa, do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.
Os trabalhos
prosseguem amanhã, dia 29, pelas 9.30 horas, sendo a manhã dedicada às Artes do
Românico e a tarde ao Touring Cultural.
Monumentos da
Rota do Românico
1- Mosteiro
de Santa Maria de Pombeiro| Felgueiras
2 - Igreja de
São Vicente de Sousa | Felgueiras
3 - Igreja do
Salvador de Unhão | Felgueiras
4 - Igreja de
Santa Maria de Airães | Felgueiras
5 - Igreja de
São Mamede de Vila Verde| Felgueiras
6 - Torre de
Vilar | Lousada
7 - Igreja do
Salvador de Aveleda| Lousada
8 - Ponte de
Vilela| Lousada
9 - Igreja de
Santa Maria de Meinedo| Lousada
10 - Ponte de
Espindo| Lousada
11 - Mosteiro
de São Pedro de Ferreira | Paços de Ferreira
12 - Mosteiro
de São Pedro de Cête | Paredes
13 - Ermida
da Nossa Senhora do Vale | Paredes
14 - Mosteiro
do Salvador de Paço de Sousa | Penafiel
15 - Memorial
da Ermida | Penafiel
16 - Igreja
de São Pedro de Abragão | Penafiel
17 - Igreja
de São Gens de Boelhe | Penafiel
18 - Igreja
do Salvador de Cabeça Santa | Penafiel
19 -
Marmoiral de Sobrado | Castelo de Paiva
20 - Igreja
de São Miguel de Entre-os-Rios | Penafiel
21 - Torre do
Castelo de Aguiar de Sousa | Paredes
22 - Capela
da Senhora da Piedade da Quintã | Paredes
23 - Torre
dos Alcoforados | Paredes
24 - Igreja
de Nossa Senhora da Natividade de Escamarão | Cinfães
25 - Igreja
de Santa Maria Maior de Tarouquela | Cinfães
26 - Igreja
de São Cristóvão de Nogueira | Cinfães
27 - Ponte da
Panchorra | Resende
28 - Mosteiro
de Santa Maria de Cárquere | Resende
29 - Igreja
de São Martinho de Mouros | Resende
30 - Igreja
de Santa Maria de Barrô | Resende
31 - Igreja
de São Tiago de Valadares | Baião
32 - Ponte de
Esmoriz | Baião
33 - Mosteiro
de Santo André de Ancede | Baião
34 - Capela
da Senhora da Livração de Fandinhães | Marco de Canaveses
35 - Memorial
de Alpendorada | Marco de Canaveses
36 - Mosteiro
de Santa Maria de Vila Boa do Bispo | Marco de Canaveses
37 - Igreja
de Santo André de Vila Boa de Quires | Marco de Canaveses
38 - Igreja
de Santo Isidoro | Marco de Canaveses
39 - Igreja
de Santa Maria de Sobretâmega | Marco de Canaveses
40 - Igreja
de São Nicolau | Marco de Canaveses
41- Igreja de
São Martinho de Soalhães | Marco de Canaveses
42 - Igreja
do Salvador de Tabuado | Marco de Canaveses
43 - Ponte do
Arco | Marco de Canaveses
44 - Igreja
de Santa Maria de Jazente | Amarante
45 - Ponte de
Fundo de Rua | Amarante
46 - Igreja
de Santa Maria de Gondar | Amarante
47 - Igreja
do Salvador de Lufrei | Amarante
48 - Igreja
do Salvador de Real | Amarante
49 - Mosteiro
do Salvador de Travanca | Amarante
50 - Mosteiro
de São Martinho de Mancelos | Amarante
51 - Mosteiro
do Salvador de Freixo de Baixo | Amarante
52 - Igreja
de Santo André de Telões | Amarante
53 - Igreja
de São João Baptista de Gatão | Amarante
54 - Castelo
de Arnoia | Celorico de Basto
55 - Igreja
de Santa Maria de Veade | Celorico de Basto
56 - Igreja
do Salvador de Ribas | Celorico de Basto
57 - Igreja
do Salvador de Fervença | Celorico de Basto
Cláudia Costa
Planeamento e
Comunicação
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