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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011



Gonçalo Rocha evidenciou oportunidades de negócio
Embaixador Eduardo Lerner esteve em Castelo de Paiva
e elogiou empresas locais que apostam em Cuba


Embaixador de Cuba em Portugal, Eduardo Carlos Gonzalez Lerner, desde Setembro de 2009 a representar a pátria de Fidel Castro no nosso país, esteve na passada Sexta – Feira em visita oficial ao concelho de Castelo de Paiva e evidenciou que a crise não deve assustar ninguém e que a entrada de empresas paivenses no mercado cubano, em fase de restrição das importações, é sinal de “ coragem e valentia “. 


O diplomata cubano, a convite do Executivo Municipal, presidido por Gonçalo Rocha, foi recebido nos Paços do Concelho.

Este encontro, que contou com a presença do Governador Civil de Aveiro, José Mota, entre autarcas locais, empresários e dirigentes associativos, mostrou a vontade de promover um salutar intercambio com a realidade cubana e estimular as relações com aquele país das Caraíbas, possibilitando também, a promoção e divulgação das potencialidades de Castelo de Paiva além fronteiras, possibilitando que o embaixador possa contactar empresários locais e conhecer empresas no território paivense, com actividade orientada para o mercado cubano.
Na recepção ao Embaixador, o edil paivense considerou a visita como sinal de esperança e de incentivo num futuro mais intenso nas relações entre os dois países e recordou que esta ligação de Castelo de Paiva a Cuba já não é assim tão ligeira, na medida em que duas empresas locais, a Plansedra e a Cindicalfe, com o apoio do Governador Civil, procuram em Cuba um mundo de oportunidades de negócio, elogiando a acção desenvolvida pelos empresários José Domingos e Agostinho Monteiro.
Gonçalo Rocha falou depois do quadro social muito difícil que, neste tempo de crise, atinge Castelo de Paiva, daí incentivar uma conjugação de acções mais amplas, de forma a incrementar o conceito de desenvolvimento integrado, apostando nas acções capazes de criar riqueza, de promover o emprego, aumentar os rendimentos das famílias e melhor o nível de vida dos paivenses.
 No contexto de uma dinâmica empresarial forte, Gonçalo Rocha sustentou que Castelo de Paiva se propõe num encontro permanente com o futuro, aproveitando as sinergias da internacionalização, exportando conhecimentos e expandindo a actividade dos seus agentes económicos, mostrando ao representante de Cuba, a percepção exacta da quantidade de novas oportunidades que o concelho tem para oferecer, ao mesmo tempo, que se mostrou confiante num incentivo a novas parcerias e numa ligação forte e duradoura que possa fomentar o crescimento e o entendimento perante interesses comuns.
E ao abordar esse desenvolvimento integrado, o autarca paivense insistiu na necessidade de boas acessibilidades ao exterior, como forma de contribuir para a atracção de investimentos no tecido produtivo e que possibilitem a dinamização económica do concelho, voltando a reclamar a construção do IC 35 e a conclusão da Variante à EN 222, esperando que o Governo não desista de promover estas ligações necessárias com os grandes eixos rodoviários, com o Norte e o Litoral do país.
Governador Civil de Aveiro falou no sucesso que teve a recente missão de empresários aveirenses em Cuba, onde estiveram incluídos três empresários paivenses, e não deixou de destacar a importância em incentivar e fortalecer estas relações comerciais, de forma a ajudar ao desenvolvimento das regiões e dos países, permitindo ganhar dinheiro e a prosperidade das empresas que assumem o desafio do investimento, mostrando a sua satisfação pela maneira calorosa e acolhedora como o município paivense recebeu o Embaixador de Cuba e se propôs a esta colaboração, potenciando interesses em diversas áreas.
Por sua vez, o Embaixador de Cuba manifestou o seu agrado pela recepção protagonizada e agradeceu o convite para visitar o território paivense, falando na missão empresarial aveirense que esteve em Cuba e evidenciando a “ coragem “ dos empresários paivenses que agora se lançaram no mercado cubano, esperando que tenham sucesso nas suas actividades, ajudando este país das Caraíbas a afirmar-se ao Mundo, onde existe uma inacreditável esperança pela vida.
Referindo-se ás negociações que as empresas Plansedra e Cindicalfe, estão a desenvolver com Cuba desde meados de 2010, depois de uma primeira abordagem empresarial por intermédio do Governo Civil de Aveiro, o representante cubano não deixou de evidenciar a valentia dos empresários paivenses que, “ entraram no mercado cubano num momento de crise profunda em que tinha sido decidido diminuir as importações e isso demonstra que, no meio das dificuldades, entidades e países pequenos como os nossos podem fazer muita coisa boa em conjunto, sendo que a crise pode nos preocupar a todos, mas nunca meter medo “.
Eduardo Gonzalez Lerner fez uma ligeira retrospectiva do seu país, onde mesmo com a crise global que assola o Mundo, o turismo resiste e continua a ser a grande aposta da economia de Cuba, numa terra onde ainda há poucos anos se vivia da dependência da cana do açúcar e do tabaco.
Falando das dificuldades que tiveram os empresários portugueses, que souberam contornar os problemas e não desistiram de vencer e ter sucesso em Cuba, o diplomata evidenciou que Castelo de Paiva tem as “ portas abertas “ em Cuba, até porque o entendimento entre os países e as regiões, se faz na troca de vínculos e ambições, no intercâmbios de ideias e de interesses e na amizade estabelecida entre todos, quando mais não seja, “ porque mantemos o desejo de que o mundo se abra a Cuba e Cuba se abra ao mundo “, e esta acção em Castelo de Paiva, “ é o começo de um diálogo profícuo e de estreitar relações de amizade que nos pode ajudar a projectar um entendimento salutar e auspicioso “.
Embaixador de Cuba e os autarcas paivenses, acompanhados da restante comitiva, estiveram depois, de visita ás instalações da Plansedra, na freguesia de S. Martinho, e na Cindicalfe, na Zona Industrial de Pedorido, não sem antes terem passado pelo Monte de S. Domingos, emblemático lugar de turismo religioso, com uma soberba panorâmica sobre o Vale do Douro.


 GIRP/Carlos Oliveira

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