Reunião de Câmara

Encerra com o “abandono” do Partido Social Democrata

A Sessão começou com as ausências justificadas dos Vereadores Rui César Castro e Judite Quintas.

O Período Antes da Ordem do Dia (PAOD) começou com a intervenção do Presidenteda CM sobre o que fez nos últimos quinze dias e entregou para conhecimento uma carta da Valsousa, com os honorários 41.940 euros que as câmaras do Vale do Sousa têm de pagar ao advogado que fez o parecer contra as SCTU's. À CM C.Paiva cabe pagar 5.242,50 euros.

O vereador do PSD, Dr.Paulo Teixeira, fez apenas quatro perguntas e leu uma carta que defendia a honra e dignidade do PSD face à carta que o Presidente da Câmara Municipal enviou na semana passada à população.

Seguidamente, a Drª.Vanessa Pereira, vereadora do PSD, questionou a CM sobre a prova do Moto Club nos terrenos da Póvoa e apresentou um requerimento no qual requeria a informação do custo, à Câmara Municipal, da carta enviada por Gonçalo Rocha à população paivense na última semana.

O Presidente da CM respondeu dizendo que a carta custou 1000 euros e que o PSD não tinha legitimidade para falar pois deixou a câmara num estado lastimoso, cheia de dívidas.

Gonçalo Rocha refere ainda:

“A carta que enviei aos paivenses é um compromisso eleitoral. Assumi que enviava uma comunicação sobre a situação do Munícipio. “

As notícias que lá vêem não são as melhores. Por força das afirmações falsas que foram prestadas à DGAL vamos ter uma redução no FEF. Fez-se despesa para a qual não se tinha receita.Como aconteceu com uma divida de 60 mil euros e que custou 350 mil euros. Estamos a fazer um esforço para pagar facturas sem juros. Os documentos oficiais que nós temos, falam que vocês (PSD) herdaram uma divida de 5 milhões de euros...isto foi o que vocês receberam…isto é o que fala nos documentos oficiais.

A carta agora enviada à população custou cerca de 1000 euros”.

O presidente da câmara prossegue, pegando em documentos e mostrando uma despesa de 03.02.2005 nos custos de uma revista enviada a todos os Paivenses, no valor de 9000euros. Em 05.06.2002 com um custo estimado em mais de 4 mil euros numa revista foi a mesma enviada para casa de todos os paivenses

Nesta altura, Gonçalo Rocha diz a Paulo Teixeira:

“Sr.Presidente confirma a sua assinatura?”

Depois virou-se novamente e disse:
“Quem cala consente.”

Ao que Paulo Teixeira respondeu:

“Como me chamou Presidente pensei que não era para mim...eu no fim falo.”

Gonçalo Rocha acrescentou que lições de gestão financeira da parte de Paulo Teixeira, não recebe, dizendo ainda que o PSD deixou os equipamentos num estado lastimoso, o pavilhão, as piscinas, os armazéns, o parque de máquinas…..

Terminando esta intervenção, disse que iam dar início ao período antes da ordem do dia, ao que Paulo Teixeira interviu dizendo que queria falar, tendo direito a defender-se.

O presidente da câmara não permitiu, dizendo que ali quem mandava era ele.

Paulo Teixeira retorquiu dizendo:

“Sr.Presidente se o senhor persistir com essa atitude nós abandonamos a reunião.

Gonçalo Rocha responde:

“Podem sair que a reunião continua...”

Neste momento, Paulo Teixeira levantou-se, tendo a cadeira caído para trás, no momento em que o mesmo se levantara. O mesmo colocou-a no sítio e prontamente deslocou-se para a parte do público, onde se sentou.

Vanessa Pereira antes de sair pediu um ponto de ordem à mesa e disse: “a situação é lamentável. Esquece-se que a diferença de votação entre PS e PSD é mínima e que representamos muitos paivenses...e que ainda não tínhamos esgotado o nosso tempo. Os paivenses ficaram a perceber que a humildade de alguns mais não passa de prepotência e vaidade...e que a atitude do senhor presidente envergonha até os membros do seu próprio executivo (ninguém desmentiu a vereadora do PSD)!”

Vanessa Pereira terminou dizendo que “a viola quer-se na mão do tocador”.

Neste momento a reunião deu-se por encerrada, tendo em vista que não havia quórum para prosseguir a reunião.

 

Joana Ribeiro