O Gabinete da Rede Social de Castelo de Paiva assinalou ontem o Dia Nacional do Deficiente, promovendo duas importantes iniciativas, orientadas para a sensibilização e debate desta temática e para o convívio de cidadãos deficientes de várias instituições da região.
Para além de um colóquio no espaço do Salão Nobre, orientado para evidenciar uma sensibilização mais activa sobre esta problemática social, o programa contemplou também, da parte da tarde, e nas instalações do Pavilhão Municipal de Desportos, uma série de actividades desenvolvidas por cidadãos portadores de deficiência, que contou com a participação da CerciÁgueda, da CerciEspinho, da AICIA de Arouca, do CO Deficiente Incluir e do CAO da Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Paiva. Na sua intervenção, na abertura do seminário, o presidente Paulo Teixeira enalteceu a iniciativa da Rede Social e falou da necessidade do contributo de todos para se fomentar a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e solidária no que concerne ás questões da deficiência. O edil paivense abordou os eventos já realizados no concelho, ao nível do desporto adaptado, e o trabalho realizado ao nível das IPSS do concelho nesta área e deixou também palavras de incentivo para que a sociedade se mobilize para o combate à descriminação de que são alvo as pessoas com deficiências, através da eliminação das barreiras de comunicação, urbanísticas e arquitectónicas, que dificultam ou impendem a inclusão social, a acessibilidade e o pleno gozo dos direitos, da cidadania e do bem estar destas pessoas.Carla Freitas, responsável do CAO – Centro de Actividades Ocupacionais da SC da Misericórdia de Castelo de Paiva, falou sobre “ A deficiência em Castelo de Paiva “, destacando o estudo de diagnóstico concelhio já realizado sobre esta temática, que mostra existirem mais de 300 casos de deficiência nas nove freguesias do município, com maior incidência no sector masculino, representando cerca de 1,92% da população do concelho.Esta responsável trouxe o exemplo da instituição onde trabalha e abordou a sua actividade, explicou as variantes da deficiência, assim como o direito á diferença e a abertura social que, agora é mais evidente do que outrora, possibilitando que as pessoas deficientes se envolvam mais na comunidade e nos projectos de inclusão e inserção social.Em destaque esteve, ainda, uma palestra sobre “ desporto adaptado – uma realidade acessível “, com intervenções de Joaquim Dias e Ricardo Dias, responsáveis do FC do Porto, participações complementarizadas com o testemunho e a presença de vários atletas da colectividade, integrados em várias disciplinas do desporto adaptado. Ricardo Freitas abordou as actividades desenvolvidas na colectividade nortenha e falou nos momentos da pratica desportiva das pessoas com deficiência, enquanto Joaquim Dias se preocupou mais em demonstrar as vantagens em tratar os deficientes como pessoas normais, por forma a que nunca se sintam marginalizados e muitos menos descriminados, potenciando a sua integração na vida activa. Este responsável do FC do Porto falou ainda da deficiência no desporto de alta competição, nas suas vantagens e desvantagens, na experiência enriquecedora de trabalhar com estes grupos minoritários, que devem merecer outra atenção e ser olhados com o devido respeito, ao mesmo tempo que, deixou algumas críticas para as famílias que, nem sempre acompanham estes atletas de forma adequada, esquecendo-se que a relação de proximidade é crucial para a felicidade e bem estar destas pessoas que merecem toda a estima e apoio e jamais podem ser vistas como coitadinhos.
GIRP/COliveira
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